O Ministério Público Federal ajuizou ação de improbidade administrativa contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), e oito pessoas. Os procuradores pediram o afastamento temporário dos agentes públicos de seus cargos enquanto durar o processo. Foi solicitada ainda a indisponibilidade dos bens em caráter liminar.
Enriquecimento ilícito e dano ao erário
O processo é resultante da Operação Rodin da Polícia Federal, que apura o desvio de verbas envolvendo o Detran-RS, a Universidade Federal de Santa Maria e fundações de apoio. Eles foram denunciados por enriquecimento ilícito e dano ao erário. A ação foi ajuizada na 3ª Vara Vara federal de Santa Maria, município na região central Estado.
Além da governadora tucana, foram citados no processo:
- José Otávio Germano;
- João Luiz Vargas (presidente do Tribunal de Contas do Estado);
- Luiz Fernando Záchia;
- Frederico Antunes;
- Deslon Martini (ex-secretário-geral do governo);
- Walna Menezes (assessora de Yeda);
- Rubens Bordini (foi tesoureiro da campanha da governadora);
- Carlos Augusto Crusius (ex-marido de Yeda).
Segundo o MPF, alguns são operadores, outros beneficiários e outros intermediavam a entrega do dinheiro afanado dos cofres públicos no esquema.
"Não haverá moleza para estes réus, como não há moleza para nenhum criminoso que comete ato de improbidade", afirmou o procurador da República Adriano Raudi.
O procurador Ivan Marx, também autor da ação, disse que espera que fique à sociedade o estímulo para buscar a probidade de cada cidadão. "O povo tem direito à verdade. Desvendada a verdade, que nesse caso é negativa, surge o direito à punição", afirmou Marx.
Os procuradores pediram ainda o afastamento do caráter sigiloso do processo contra Yeda. Segundo ele, as provas que incriminam os réus não podem ser divulgadas devido ao sigilo processual. Leia mais aqui.
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