O grupo demissionário ligado a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira Machado é o mesmo que foi derrotado nas eleições para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, o Unafisco, que representa mais de 13 mil auditores fiscais do país. As eleições ocorreram nos dias 11 e 12 deste mês e seu resultado foi marcado por uma diferença de 2.228 votos, a maior da história da entidade, fundada em 1989. A chapa vitoriosa obteve 55% dos votos, contra 38% da segunda colocada, a qual Lina é ligada. O presidente da entidade, Pedro Delarue, foi reeleito ao cargo para o biênio 2009/2011.
A ex-secretária chegou a tirar fotos com o candidato da oposição, José Cazumba, que, assim como ela, também é do Rio Grande do Norte. Cazumba é o chefe da seção da Unafisco do Estado e, à semelhança de Lina, também acredita que a Receita esteja sob forte interferência política. Quando Lina foi demitida, organizou um jantar em seu desagravo.
A chapa vitoriosa teve sua votação concentrada no Sul do país, já que boa parte dos seus simpatizantes era de paulistas e fluminenses. Delarue, por exemplo, é do Rio. A chapa que Lina apoiou era mais concentrada no Nordeste do país.
O grupo de Delarue foi formado em 2004 como uma dissidência do grupo integrado hoje por Lina e os demissionários. "Na minha opinião, eles fazem um sindicalismo atrasado, de enfrentamento, e nós defendemos mais negociações e que a greve seja a última instância. A Receita ficou caracterizada pela sucessão de greves e entendemos que o caminho não é esse", diz Delarue.
Seu grupo disputou as eleições pela primeira vez em 2005, mas perdeu. Nas eleições seguintes, em 2007, foram eleitos. Apesar de defender o caminho da negociação antes da greve, foi em sua gestão em 2008 que a categoria enfrentou a maior paralisação da história. Sobre isso, ele diz que a negociação existiu tanto antes como depois da greve.
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