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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Filha do Senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, teve viagem e diárias paga pelo Senado

Não se trata apenas de cota aérea, nem de milhagem. Diárias também foram pagas com dinheiro público do Senado, quando a filha do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), viajou à Nova York, em fevereiro de 2007.

A advogada Helena Olympia de Almeida Brennand Guerra, filha do Senador, gastou R$ 4.580,40 em diárias pagas com dinheiro público, segundo reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S.Paulo.

Relatório da Secretaria de Controle Interno do Senado apontou que o senador viajou para Nova York em 5 de fevereiro de 2007 para realizar uma série de exames.

A filha embarcou no dia seguinte, e ambos voltaram ao Brasil no dia 11.

A viagem foi autorizada pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que administrou a Casa entre fevereiro de 2005 e dezembro de 2007.

A secretaria chegou a pedir a devolução dos recursos em documento que consta no relatório da Tomada de Contas do Senado, já entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

No entanto, o diretor da Secretaria de Controle Interno, Shalom Granado, discordou da recomendação dos técnicos, mas não deixou claro em seu despacho em que instrumento legal baseou a decisão de não cobrar a devolução do dinheiro.

Guerra disse que não cometeu irregularidades e afirmou que, se tivesse sido cobrado pelo Senado, teria devolvido o dinheiro gasto com as diárias da filha.

A surrada desculpa: "não houve ilegalidade"

O senador alegou que a filha viajou na condição de acompanhante para ele fazer exames médicos:

"- O fato é que nunca fui cobrado disso, nem havia rigorosamente ilegalidade que eu fosse obrigado a reconhecer, porque todos os senadores, as pessoas que têm problemas médicos têm apoio do Senado, sempre tiveram - disse Guerra à CBN - Não estou defendendo se o Senado devesse ou não pagar, isso é outro assunto. Estou dizendo que não fiz nada ilegal. Estou apenas cumprindo as regras que me são naturalmente expostas pelo Senado e que são comuns a todos os senadores."

O TCU contradisse o Senador, afirmando que houve ilegalidade.

Mas, ainda que não fosse ilegal, o senador tucano, que retirou R$ 40 bilhões por ano do SUS, votando contra a CPMF, continua trocando as bolas, ao não admitir que a função legislativa é justamente para mudar leis que dão legalidade à práticas condenáveis pelos eleitores, e não usufruir destas práticas.

Na próxima campanha de 2010, todos esperam que o Senador suba no palanque e assuma a defesa de que Senador emplumado tem direito à fazer exames no exterior às custas do Senado, e mais ainda, com direito à levar acompanhante, também às custas dos cofres públicos.

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