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sábado, 1 de agosto de 2009

Até na Inglaterra privatização de Thatcher não deu tão certo assim

Na década de 80, o governo da Inglaterra, de Margaret Thatcher, implantou um programa neoliberal, privatizando todas as estatais. A Inglaterra é um país rico, com seus problemas essenciais resolvidos à muito tempo, a população toda tinha poder aquisitivo para pagar tarifas privadas, e podia se dar esse luxo.

A empresa de telefonia Britsh Telecom (BT), foi privatizada sob o governo Thatcher. Aliás, lá a privatização foi bem mais honesta do que no Brasil, pois lá as tarifas de telefonia caíram de fato, enquanto aqui subiram exorbitantemente.

Mas a mão invisível do mercado não está dando conta de levar a internet banda larga à todos os domicílios ingleses.

O velho e, agora bom, dinheiro público dos impostos precisará ser acionado, para 15% dos domicílios do país não ficarem para trás, no terceiro mundo, dentro de um país rico.

O governo da Inglaterra informou que pretende universalizar o acesso à banda larga até 2010 e planeja usar um imposto para financiar as conexões rápidas à Internet, segundo informações da agência Reuters.

Quem deve pagar a conta é a BBC (Rede de TV e comunicações estatal).

A BBC recebe 3,6 bilhões de libras (6 bilhões de dólares) de um imposto pago por todos os domicílios na Grã-Bretanha com aparelhos televisores. Esse dinheiro nunca antes teve de ser repartido, e a rede indicou que irá manifestar sua oposição a quaisquer planos para realocação dos recursos.

O ministro britânico das Comunicações, Stephen Carter, afirmou que cerca de 200 milhões de libras terão que ser gastos com a ampliação da cobertura para os 15 por cento de domicílios que atualmente não têm acesso a conexões de banda larga de 2 megabits por segundo.

A maior parte desses 200 milhões de libras viria do dinheiro que atualmente é concedido à BBC. Os fundos estavam anteriormente ligados a um programa para ajudar idosos a trocarem suas televisões analógicas para digitais, mas o dinheiro não foi usado.

E aqui no Brasil, os obscurantistas demo-tucanos, neoliberais do século passado, querem impedir (confira aqui e aqui) o governo Lula de fazer políticas nesta mesma direção, reativando a Telebras.

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