Os jornais vão mostrar Lula entregando um computador por aluno?

Governo Lula implanta o programa educacional "um notebook por criança".

O programa foi concebido pelo cientista Nicolas Negroponte do MIT (Massachusetts Institute of Technology), que criou uma fundação (http://www-static.laptop.org/pt//vision/index.shtml) para viabilizar um notebook completo para fins educacionais e barato, de US$ 100, para que governos de países em desenvolvimento e do terceiro mundo, façam a inclusão digital das crianças pobres do mundo.

O presidente Lula abraçou a idéia e recebeu Negroponte no Planalto em 2005. O programa mundial continua ainda em desenvolvimento, e o custo ainda não caiu ao patamar de US$ 100.

Mas no Brasil já começou a ser implantado o programa próprio, ainda que o custo dos primeiros lotes seja mais caro.

A cidade de Piraí é a primeira a implantar o programa atingindo 100% dos alunos e professores da rede pública, após um período de experiência bem sucedida em uma escola. A cidade já conta com uma rede pública de acesso à internet por banda larga em todo o município (é uma cidade digital).

No vídeo, o presidente Lula pede aos estudantes e professores da rede pública da cidade de Piraí (RJ) para mostrar seu notebook para a imprensa.

Diz, entre a coisa certa e o irônico, que certamente será notícia na primeira página de todos os jornais, uma data histórica como esta, que representa um marco na educação.

Na imprensa nacional, conhecida como PIG (Partido da Imprensa Golpista), que só publica catástrofes, escândalos e tapiocas, não se sabe se irá publicar notícias boas como esta.

Certamente a imprensa internacional se interessará pelo que está acontecendo no Brasil.

Curiosidades:

Na campanha a governador de 2006, o então candidato Mercadante (PT/SP) apresentou esse programa como plataforma de governo. A imprensa e o adversário José Serra (PSDB/SP) desdenhou, como se fosse impossível.

Na campanha a prefeitura de 2008, a então candidata Marta Suplicy (PT/SP), propôs levar internet banda-larga pública para todos, começando pela periferia, tornando São Paulo uma cidade digital. A imprensa e o adversário Kassab desdenharam, afirmando ser "muito caro". Piraí já fez isso há algum tempo. É uma cidade menor, mas também o orçamento é menor, logo nada impede que São Paulo implantasse em algum bairro da periferia, para começar. Cidades maiores como Foz do Iguaçu também já se tornaram digitais. Belo Horizonte e a cidade do Rio de Janeiro implantaram estas redes públicas em algumas comunidades (bairros carentes). Municípios da baixada fluminense também.

É preciso remover da administração pública, a política medieval demo-tucana de gastar dinheiro público com assinaturas de revistas Veja, e jornais como a Folha, o Estadão, para alunos em sala de aula. Até a natureza agradece, ao poupar árvores de se transformarem em papel jornal.