O cidadão de Salvador tem um orçamento menor para ser gasto com os 3 milhões de habitantes em sua cidade, do que o Senado, com 81 senadores.
Vale a pena para o cidadão baiano pagar essa conta para que ACM Filho (DEMos/BA), César Borges (PR/BA) e João Durval (PDT/BA) representem a Bahia, em Brasília?
O cidadão de Brasília tem um orçamento menor para ser gasto com os 2,5 milhões de habitantes em sua cidade, do que o Senado, com 81 senadores.
Vale a pena para o cidadão brasiliense pagar essa conta para que Cristóvam Buarque (PDT/DF), Ademir Santana (DEMos/DF) e Gim Argelo (PTB/DF) representem a DF, no próprio DF?
O cidadão de Manaus tem um orçamento menor para ser gasto com os 1,7 milhões de habitantes em sua cidade, do que o Senado, com 81 senadores.
Vale a pena para o cidadão amozonense pagar essa conta para que Arthur Virgílio Neto (PSDB/AM), Jefferson Praia (PDT/AM) e João Pedro (PT/AM) representem o Amazonas, em Brasília?
A pergunta se repete em 21 capitais, e milhares de outros municípios, que tem um orçamento menor do que os R$ 2,7 bilhões de dinheiro público que o Senado devora por ano.
Só São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre tem um orçamento maior que o Senado.
Com este dinheiro, o Senado atende 81 senadores e 6.500 funcionários. Em dez anos, o orçamento pulou de R$ 882 milhões para os atuais 2,7 bilhões.
O orçamento do Senado para manter a estrutura para 81 senadores é o mesmo valor que 2,8 milhões de famílias recebem do Bolsa-Família.
No varejo tem farta matéria prima para escândalos em cada um dos 81 gabinetes. São quase 3000 funcionários comissionados no Senado, portanto apadrinhados, cada qual por algum dos 81 senadores. Cada um desses 3000 tem uma historinha suficiente para enredar um escândalo, de maior ou menor proporção.
Entre os funcionários efetivos (nem todos entraram por concurso, pois muitos foram efetivados em trens da alegria), a situação se repete.
Até entre aposentados e pensionistas, há farta matéria prima para escândalos, como os R$ 723 mil gastos com tratamento médico privado para a mãe de Arthur Virgílio. Como o valor de R$ 118.651,20 pago em dinheiro à viúva de Jefferson Peres, referentes à cota de passagens aérea não usada.
Os escândalos no varejo são importantes para desmascarar o verdadeiro caráter dos eleitos, e para fazer devolver aos cofres públicos quem usou e abusou dos privilégios.
Mas o foco principal do problema para o cidadão, são os R$ 2,7 bilhões no atacado, dinheiro que o dragão do Senado suga do orçamento da União e poderia estar sendo gasto em serviços público e melhorias de interesse público em benefício da população.
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