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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Lula na UNE

O Presidente Lula participou ontem do 51° Congresso da UNE. Lula foi ovacionado ao ser convidado a falar. "Lula, guerreiro, do povo brasileiro". Antes da composição da Mesa, dois grupos políticos ligados à entidade divergiram sobre os candidatos à sucessão de 2010. Enquanto a parte inferior do auditório gritava "Olê olê olê olá, Dilma, Dilma", a galeria superior, ligada ao PSB, entoava "Brasil, pra frente, Ciro Presidente".

O presidente brincou com os estudantes, quando eles pararam de gritrar seu nome, indagando: "vocês vieram aqui para trabalhar ou para gritar?". Em seguida, perante uma entidade do PCdoB, afirmou que o "maior ganho da revolução comunista de 1917 não foi para aqueles que a fizeram, mas para a Europa Ocidental, que implementou uma sociedade de bem estar social que persiste até hoje". Também disse que eles têm total autonomia para discordar das propostas do governo. "Quando vocês não concordarem com algo que nós propusermos, digam que não concordam e podem ir à rua protestar, fazer o que quiserem". Mas acrescentou: "Se eu não pude fazer, vou dizer que não posso".


No campo educacional, Lula disse que os estudantes devem se sentir orgulhosos, pois o país conseguiu ultrapassar Rússia e Holanda no ranking de países com artigos científicos publicados em revistas especializadas. Também agradeceu a ajuda da UNE e da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) em conquistas recentes, como a criação do Prouni e o aumento no número de vagas nas universidades públicas, que passaram de 224 mil para um projeção de 350 mil em 2010. "Se vocês não tivessem nos ajudado, isto não seria possível. Não iríamos nos opor a vocês por conta da nossa relação histórica".

Anunciou uma parceria da Funcef (Fundo de Previdência da Caixa Econômica Federal ) para financiar os dois prédios da nova sede da UNE, na Praia do Flamengo (RJ). Estava previsto que as mãos do Presidente Lula, dos ministros e da atual direção da entidade, que termina o mandato neste final de semana, iriam ficar imortalizadas no gesso. Mas como os discursos foram longos demais, o gesso endureceu e a ideia teve que ser abandonada por falta de viabilidade.

Lula repetiu aos estudantes que parte dos recursos do pré-sal servirão para a criação de um fundo para investimentos em educação, combate à pobreza e ciência e tecnologia. O ministro da FAzenda, Guido Mantega, havia anunciado que este fundo será também para a infraestrutura. Lula reafirmou que o anteprojeto de lei que será discutido com especialistas deve estar nas mãos dele em dez dias. A UNE tem uma posição divergente do governo em relação ao pré-sal: defendem que "o pré-sal é nosso", mas que a Petrobras deve ter o monopólio da exploração.

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