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sábado, 18 de julho de 2009

A criminalização da UNE pela imprensa e a oposição


A UNE (União Nacional dos Estudantes) tem mais de 70 anos.

A UNE é a entidade que representa hoje cerca de 5 milhões de estudantes.

Assim como as Centrais Sindicais representam a união e organização dos trabalhadores para defender seus interesses, a UNE representa a união e organização para defender os interesses dos estudantes.

10 mil estudantes foram à Brasília, provenientes dos 29 estados brasileiros para o 51º Congresso Nacional da UNE.

Os estudantes enviados ao Congresso são eleitos em suas escolas, num show de democracia (sem financiamento de campanha), formando novas lideranças, que tem acesso ao conhecimento universitário, e utilizam esse conhecimento, não apenas para ganhar dinheiro em suas profissões quando formados, mas também para preocuparem-se com os problemas coletivos brasileiros.

A UNE participa da formulação de políticas públicas importantes, como a expansão universitária, a reativação do Projeto Rondom, as atividades culturais, as políticas de prevenção da saúde de jovens, que vão até a lei seca.

A entidade se mobiliza em diversos momentos para atender os interesses nacionais, como faz agora na defesa da riqueza do pré-sal ficar para os brasileiros, principalmente para um fundo de educação.

Com todos esses números e atividades, é natural que precise de subsídios mínimos para sobreviver. E muitos deputados incluem emendas no orçamento para a entidade.

Também é natural que Ministério da Saúde tenha preferido fazer uma campanha direta para atingir o público alvo, de saúde para jovens, através de uma caravana da UNE, que percorreu o Brasil por vários meses, em vez que gastar o mesmo valor com míseros minutos de propaganda na TV Globo, para mal atingir esse público.

A Petrobrás, que patrocina milhares de eventos, os mais diversos, também co-patrocina o Congresso da UNE. Nada mais natural do que a maior empresa do Brasil, prestigiar a maior entidade estudantil do Brasil.

Os patrocínios viabilizam a viagem dos estudantes de todos os estados à Brasília.

O jornalismo de má-fé insinua que a Petrobras estaria "comprando" apoio da entidade. Nada mais ridículo. A UNE defendeu a Petrobras a vida inteira, antes mesmo da empresa existir, nas campanhas "O petróleo é nosso".

Os donos de jornais, talvez porque nunca seguiram princípios, e sim o dinheiro, para prestar apoio à poderosos, querem fazer seus leitores pensarem que todo mundo age da mesma forma.

O neoliberalismo não gosta da UNE, porque ela defende o ensino público e gratuíto, porque defende controle das mensalidades da escola privadam contra aumentos extorsivos. Porque tira alunos do consumismo dos shoppings centers, para se reunirem, discutirem problemas nacionais, e fazerem manifestações, para produzirem cultura, em vez de apenas dar audiência à MTV.

Mas imprensa não gosta mais ainda, porque a UNE se relaciona bem com governo LULA, porque o governo se relaciona bem com os movimentos sociais.

A UNE se relacionou bem com outros governos como Jango e no segundo período de Getúlio Vargas, porque estes governos tinham políticas alinhadas com os anseios dos estudantes, como é o caso de Lula hoje.

O mais estranho, é que esta mesma imprensa que questiona subsídios e patrocínios para a UNE que representa 5 milhões de estudantes, metem a mão no dinheiro público através de incentivos fiscais, com instituições muito menos representativas como o iFHC, a Fundação Roberto Marinho, a Fundação Victor Civita, etc.

Em nota acima, podemos ver como a Fundação Roberto Marinho, originada da TV Globo, arrancou R$ 2,9 milhões dos cofres públicos, via incentivos fiscais, utilizando-se da imagem UNE.

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