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quinta-feira, 2 de julho de 2009

A briga pela cadeira começou


A oposição está contando com a renuncia do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), os candidatos a sua sucessão começaram a se movimentar. Um que já está d olho na cadeira de Sarney é o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que, há dois anos, assumiu a presidência do Senado após renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL).

Anteontem, Garibaldi foi um dos três senadores do PMDB que defenderam publicamente que Sarney se licencie do cargo.Claro, para que ele possa entrar na vaga. Ao mesmo tempo, mas com pouquíssimas chances, o DEM trabalha para viabilizar o nome de Marco Maciel (DEM-PE) à presidência do Senado.

No senado, a convesa é que, com a eventual saída de Sarney, a tendência é que o comando da Casa permaneça nas mãos do PMDB. Terá de haver uma nova eleição para escolha de outro presidente. A avaliação entre os peemedebistas é a de que não há nomes viáveis e de consenso na bancada de 19 senadores em condições de suceder Sarney, sem entrar em confronto com o Palácio do Planalto. As pretensões de Garibaldi de ocupar a presidência do Senado só se tornarão realidade em uma negociação de consenso entre todos os partidos.

Afinal, lembram interlocutores de Sarney, a Constituição proíbe a reeleição de presidentes do Congresso na mesma legislatura. Garibaldi comandou o Senado entre dezembro de 2007 e fevereiro de 2009 e, por isso, não pôde concorrer à reeleição no início deste ano. Agora, mesmo com a eleição de Sarney em fevereiro último, Garibaldi não poderia disputar novamente a cadeira de presidente do Senado porque está na mesma legislatura. "Não tem nenhuma vaga desocupada, não tem porquê se falar nisso", desconversou ontem Garibaldi sobre sua eventual candidatura à sucessão de Sarney.

Eles falam em traição

Sem nomes de peso no PMDB para substituir Sarney, o DEM trabalha para tentar emplacar o senador Marco Maciel (PE). Ex-vice presidente da República, o nome de Maciel dificilmente tem chances de emplacar porque o PMDB jamais vai perdoar a "traição" do DEM, que decidiu pedir o afastamento de Sarney da presidência.

Ao mesmo tempo em que a corrida à sucessão de Sarney foi deslanchada, o PMDB deu sinais de que está preparado para entrar em guerra com a oposição. O primeiro alvo dos peemedebistas deverá ser o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM). O PMDB estuda fazer uma representação no Conselho de Ética do Senado contra o tucano por falta de decoro parlamentar. Em discurso na tribuna do Senado, Virgílio admitiu ter pego emprestado 3,3 mil euros, ou 10 mil dolares, para pagar despesas de viagem ao exterior com o ex-diretor geral do Senado, Agaciel Maia. Confirmou ainda que continuou a pagar o salário de um servidor de seu gabinete enquanto ele fazia mestrado em Barcelona, na Espanha.

Ciente da estratégia do PMDB de tentar levá-lo ao Conselho de Ética, Arthur Virgílio subiu ontem à tribuna do Senado para avisar que venderá imóveis da família para ressarcir os cofres públicos dos salários pagos por mais de dois ano a ex-servidor de seu gabinete, liberado pelo tucano para estudar no exterior e continuar recebendo do Senado.

"Fui líder do governo Fernando Henrique, ministro do governo Fernando Henrique", enumerou ele, acrescentando que mandava na Petrobrás e mandava nos outros ministros. "Só não fiquei rico porque não quis", afirmou Virgílio. Ele também pediu a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal de Agaciel Maia. Como se tivesse moral para isso

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