O Presidente Lula afirmou nesta quarta-feira que irá vetar os artigos incluídos pelo Congresso Nacional na medida provisória que trata da regularização fundiária na Amazônia. O objetivo é manter o texto original do governo.
"O que vier em excesso (do Congresso), eu vou vetar", disse o Presidente em entrevista exclusiva à Reuters.
A medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional na última semana legaliza na Amazônia cerca de 100 milhões de hectares de terras públicas da União.A medida beneficia milhares de pessoas físicas e jurídicas, inclusive estrangeiros, que ocuparam as áreas da Amazônia legal nas últimas décadas.
Segundo ambientalistas, a MP contém falhas e contradições que poderiam provocar uma nova onda de ocupação fundiária e desmatamento. O PT pediu que o Presidente vete os artigos propostos pelos parlamentares, o mesmo fez a ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva em carta enviada a Lula.
O Presidente também afirmou na entrevista que o Brasil está aberto a adotar metas de emissão de carbono se os países ricos fizerem o mesmo.
"Os países ricos que são os maiores emissores de gás do efeito estufa precisam cumprir a sua parte. O que não dá para aceitar é que as pessoas que já estão andando de carro, já têm sua terceira televisão, sua terceira casa, fiquem dizendo para o brasileiro: continue pobre", declarou.
Na entrevista, Lula afirmou que o Brasil vai sim cuidar da Amazônia, e disse que o País tem a maior matriz de energia limpa do mundo. "Se você pegar o conjunto da nossa política energética, nós temos 45% de energia renovável contra 12% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Se você pegar na área de energia elétrica só, você vai perceber que 85% da nossa matriz é limpa." Porém, segundo ele, isso não diminui a responsabilidade do Brasil, mas aumenta.
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