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sábado, 13 de junho de 2009

Corrida para abafar a crise no senado

Preocupados com os danos que a varredura nos atos secretos do Senado irá causar à imagem de ex-presidentes da Casa e outros parlamentares beneficiados pelas decisões sigilosas, integrantes da Mesa Diretora estudam uma medida urgente para tentar minimizar os efeitos da nova crise ética no Salão Azul. O comando do Senado deve editar uma norma disciplinando a futura edição de atos administrativos, proibindo a validade deles até a publicação. Assessores técnicos já estudam um texto para a nova regra, que apesar de apenas redundar o que já está previsto na lei da administração pública, deve ser apresentada à sociedade como uma saída para abafar a onda de acusações e ameaças que correm nos bastidores.

“Ninguém pode alegar que não sabia”, afirmou ontem o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia (primo de Agripino Maia que comprou uma mansão e não declarou ao fisco), sobre os cerca de 500 atos secretos usados para nomear apaniguados, pagar horas extras e aumentar salários.Dizendo que tentam transformá-lo em bode expiatório, Agaciel lembrou que foram os próprios senadores que preencheram os postos criados sem registro oficial durante dez anos. Ele ocupou a direção geral por 14 anos, desde a primeira gestão de José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa.

A colunista Renata Lo Prete, afirma que Agaciel foi conivente. Segundo ela, além de Agaciel Maia e Alexandre Ganizeo, tinham conhecimento dos atos secretos da Mesa os diretores de Recursos Humanos do período, os senadores que tiveram nomeações às escondidas em seu gabinete e o ex-advogado-geral do Senado Antonio Cascais.

Também estavam cientes de que alguns atos não iam a publicação todos os ocupantes da primeira-secretaria desde que a prática começou a vigorar e os presidente da mesa em cujos períodos foram feitos expedientes secretos. Daí a calma de Agaciel.

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