A Operação Solidária da Polícia Federal, já havia atingido em cheio o PMDB gaúcho de Pedro Simon.
Uma das empresas, com indícios de fraudes em obras públicas, a MAC Engenharia, depositou R$ 267 mil na conta da empresa Fonte Consultoria Empresarial, cujos sócios são o deputado Eliseu Padilha (PMDB/RS) e sua esposa.
A Polícia Federal também encontrou envolvimento do deputado estadual e ex-presidente da Assembléia Legislativa, Alceu Moreira (PMDB) e o secretário estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marco Alba (PMDB).
Agora apareceram gravações, obtidas nesta Operação Solidária, entre Walna Villarins (tida como braço-direito de Yeda) e Neide Viana Bernardes, indiciada por crimes como formação de quadrilha, corrupção e crimes previstos na lei de licitações.
Nos diálogos de telefonemas, que a PF viu indícios de conversas cifradas sobre pagamento de propinas:
Walna: Você vai a algum banco hoje?
Neide: Não.
Walna: Aquele lá numa conta seria complicado né?
Walna: E eu vou ter a tempo?
Neide: Eu te ligo em seguidinha, tá bem?
Em outros trechos, Walna diz:
- "...tem que ser dois separados...";
- "...preciso só 20...";
- Neide pergunta se deixa no mesmo lugar e a assessora responde "esse sim, e o outro do outro lado";
- Walna diz "precisar de flores num arranjo só". "Tá bem", encerra a interlocutora.
Neide Bernardes já era apontada pela PF como responsável pelo repasse de dinheiro da Magna Engenharia para Chico Fraga (PTB), ex-secretário-geral do governo Marcos Ronchetti (PSDB) em Canoas.
São esses fatos novos que levam a oposição à Yeda, a pedirem uma CPI contra a um novo lote de escândalos da corrupção tucana.
É o envolvimento do PMDB de Pedro Simon, que leva o senador defender o abafamento de uma CPI com fatos mais do que determinados no Rio Grande do Sul, e a assinar a CPI demo-tucana da PetrobraX, pois cai como uma luva para fazer cortina de fumaça no noticiário desviando o foco do Sul para Brasília.
A que ponto chegou Pedro Simon. Trai seus antigos ideais nacionalistas enfraquecendo a Petrobras no momento em que está em questão o pré-sal, e ainda sacrifica empregos gaúchos, gerados pelos investimentos da Petrobras no estado. Tudo para abafar a corrupção de seu partido no estado.
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