Pages

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PSDB de José Serra e Aécio teleguiados pela política externa de Washinghton

Não adianta os EUA estarem perdendo poderes imperialistas diante do resto do mundo. Não adianta a Europa também estar diminuindo sua influência geopolítica e econômica. Não adianta a constatação óbvia que os BRIC's (Brasil, Russia, India e China), aliados a outros países do G-20, deslocam o eixo de poder mundial para uma nova ordem, com o presidente Lula desempenhando um grande papel de Estadista mundial neste processo.

Não adianta nada disso para os demo-tucanos e sua imprensa porta-voz. Para eles só interessa a submissão aos EUA-Europa, num complexo de baratas colonizadas que perdura até hoje.

Seria um desastra o Itamaraty voltar a ser colonizado, sob dominação demo-tucana de um José Serra ou Aécio Neves.

Quem retrata bem o pensamento colonizado da aposição e PIG é este trecho de um artigo do jornalista Sergio Leo, do Valor Economico:

Enquanto isso, na Arábia…

A Arábia Saudita, visitada neste fim de semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem o que se pode chamar de governo baseado numa interpretação radical e anacrônica do Alcorão. O homossexualismo é punido até com decapitação; a única religião permitida é o islamismo, judeus são discriminados e um blogueiro de lá foi preso por revelar que havia se tornado cristão; mulheres não podem votar nem andar desacompanhadas nas ruas (no Irã, podem). Trabalhar ou tirar documentos de identidade, só autorizadas por um homem. Além disso, não há imprensa ou sindicatos livres.

Ao receber o ministro Celso Amorim, na Câmara, na semana passada, deputados como Fernando Gabeira nem notaram a visita de Lula a esse país de regime medieval. Também se calaram os defensores dos direitos humanos que condenam, veementes, a política do Itamaraty para Irã e África. A Arábia, ao contrário do Irã, é aliada dos EUA e não ameaça o monopólio de Israel no domínio da tecnologia nuclear no Oriente Médio.

Amorim ganhou mais um argumento para sua tese de que certos críticos da política externa brasileira parecem guiados pelas agendas internacionais de outros países.

-x-x-x-

Comentário:

Diversos países tem suas mazelas aos nossos olhos e nossos princípios humanistas. É possível mudar governos com bombardeios e dizimar sociedades inteiras, mas não é possível mudar a sociedade com bombas (como a doutrina Bush de implantar a democracia no Oriente Médio à força - inclusive sendo "bem remunerado" em petróleo para isso).

Pelo contrário, a guerra fortalece os detentores do poder contra ataques estrangeiros, porque desperta o sentimento nacionalista na sociedade.

O eixo do descontentamento com o governo é deslocado contra as forças estrangeiras num primeiro plano.

O ex-ditador argentino Galtieri recorreu à aventura da guerra na invasão às Malvinas, porque queria prolongar sua permanência no poder. Subitamente o ditador recebeu apoio popular, não a seu governo, mas na luta contra os ingleses (não deu certo porque perdeu a guerra, numa derrota anunciada, diante da diferença de poder bélico). A própria guerra enfraqueceu a posição argentina, atrasando alguns anos (talvez décadas), negociações no campo diplomático, nos fóruns internacionais.

O Brasil continua signatário em tratados internacionais e defensor de todas as teses contra discriminação e violação de direitos humanos. Mas também é signatário da auto-determinação dos povos.

Em países com regimes autoritários, mas que contam com apoio da sociedade, a melhor forma de reduzir aquilo que consideramos violação de direitos humanos, é:

1) maior intercâmbio cultural, de forma a todos verem as diferenças e tirarem para si o que é há de bom;

2) Cooperação internacional por valores universais como direitos humanos, das mulheres, dos homosexuais, contra o racismo, pelas liberdades religiosas, direito à diversidade social e cultural, e pela liberdade de informação democratizada.

É preciso que nos lembremos também que alguns países do oriente médio e africanos, tem coisas boas também a nos ensinar, no que diz respeito à usura (em países muçulmanos é proibida a cobrança de juros), e a dar menor valor ao consumismo ocidental, que tanto degrada o meio ambiente e a própria qualidade de vida mental do ser humano, a ponto criar desejos de consumo supérfluos e artificiais, numa forma de dominação neoliberal de reduzir o cidadão à mero consumidor.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração