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domingo, 17 de maio de 2009

Petrobrax: Até a Folha reprova a CPI encomendada por José Serra


Eu me junto ao Zé Augusto e também digo: Estou gostando da CPI da Petrobrax. Passei a gostar muito mais hoje depois que li o artigo do tucano, Janio de Freitas, na Folha. O texto original está para para assinante . Aqui no blog, você lê um resumo

O artigo escrito por Janio começa assim: "É verdade que a Petrobras tem práticas reprováveis, mas foi transformada pelo PSDB em arena pré-2010"... A Petrobras é a maior empresa do Brasil, a segunda maior petroleira do mundo, tem 700 mil acionistas, esses fatos tornam inconveniente uma investida contra a Petrobras em meio aos problemas econômicos da crise, por isso corre qualquer risco de ver-se sob questionamentos .

A CPI é imprópria para a Petrobras por enfraquecer sua administração quando discute financiamentos internacionais, uma multidão de contratos com fornecedores estrangeiros, batalha contra pressões para entrega do pré-sal (descoberto com méritos e custos altíssimos da estatal) a concorrentes e a capitais privados.

Não há dúvida de que, sob uma CPI, a administração da empresa precisará desviar muita atenção das negociações e planejamentos em curso, e fará sob piores condições a continuação parcial desse trabalho.

E o pré-sal, causa de toda essa ação atual na empresa, é estratégico não só para a Petrobras, porém ainda mais para o país.

A oposição investiu na CPI e alguns fisiológicos da "base aliada do governo" a apoiaram pelo motivo mais reprovável: o interesse meramente político. Se o PSDB que agora clama pela CPI em defesa da "Petrobras que é um patrimônio do Brasil" tivesse, de fato, dedicação perceptível à coisa pública, seus congressistas não chegariam a condutas até sórdidas para impedir CPIs no governo Fernando Henrique.

Nem as ostensivas prevaricações na privatização da telefonia os sensibilizaram. Ou -só por não resistir a citar ao menos mais uma entre tantas- a entrega do Sivam, o Sistema de Vigilância da Amazônia e seus segredos, a uma empresa estrangeira com ramificações militares e civis no governo dos EUA e em outros.

A Petrobras foi transformada pelo PSDB em arena das disputas preliminares da sucessão presidencial. Surrada pelo prestígio de Lula e incompetente por seu próprio demérito, a oposição conduzida pelo PSDB virou a velha barata tonta: pesquisas recentes indicam, em várias regiões, o crescimento eleitoral de Dilma Rousseff.


Maus motivos levaram a um recurso parlamentar legítimo. Mas CPIs nascem, por exigência da norma, com um tema preciso e, depois, em geral o que menos prevalece é sua finalidade originária. Se isso ocorrer também agora, será mais do que possível uma virada da CPI contra a oposição. E, mais importante, será a oportunidade, nunca tardia, do exame das inúmeras barbaridades na Petrobras durante o governo Fernando Henrique.

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