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domingo, 24 de maio de 2009

Oposição desesperada

Os donos da CPI da Petrobrax:Veja o programa de governo deles para 2010

Diante de programas sociais do governo Lula que se espalharam por todas as regiões e de uma popularidade inédita do Presidente (acima de 70%), a oposição começa a estudar as brechas por onde vai fazer campanha. Uma das estratégias, diz o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), é "expor e denunciar o aparelhamento partidário das instituições, como nunca antes aconteceu neste País". No caso específico da Petrobrás, ele diz que "o PSDB vai propor a estatização da empresa".

Em outras palavras, Arthur Virgílio diz quase que claramente que "O PSDB tem sim a intenção de privatizar a Petrobras, para, segundo suas palavras livrá-la dos interesses do PT, aliados, sindicatos e ONGs

Para o ministro Bernardo, a oposição quer "desmoralizar a empresa" para privatizá-la no futuro.

Contra o associar a imagem do PT aos pobres e à distribuição de renda, a oposição ensaia dividir a paternidade dos programas sociais que "É evidente que tem que se reivindicar a paternidade do Bolsa Família. diz José Agripino Maia (DEM-RN).

"A tarefa não será nada fácil", prevê o cientista político e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antônio Carvalho Teixeira, reforçando que a chave da popularidade de Lula são os programas sociais. "Então, não adianta mesmo a oposição ser contra (os programas)."

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), o partido vai usar na política social, duas brechas para crítica: "A política de saúde do governo é calamitosa e a da educação está um caos".

Quanto ao PAC Sérgio Guerra disse: "O PAC não é projeto. Não passa de campanha. Vamos demonstrar nas nossas propagandas que muitas promessas não foram cumpridas e as obras entregues foram malfeitas", afirma Guerra. Com esses programas de governo para 2010, Sérgio Guerra diz que PSDB e DEM se preparam para estratégia petista de colar pecha de neoliberais



Explorar crise não é bom para oposição, avisam analistas

Numa coisa os cientistas e especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, concordam: na tentativa de causar desgastes ao governo, não adianta a oposição bater nos programas sociais e na administração da economia. A crise econômica não é bom mote: na percepção da maioria da população brasileira, ela é importada, veio de fora para dentro e transformou o País em vítima.

Cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fábio Wanderley Reis receita que a oposição evite hostilizar os programas sociais de Lula e tenha cautela ao explorar a crise financeira mundial.

Para ele, o caminho passa por compartilhar a paternidade dos projetos. Recentemente, em evento dos tucanos na Paraíba, líderes do PSDB já puseram em prática e estratégia de Fábio Wanderley : ao invés de crítica aberta a projetos de Lula, como o Bolsa-Família, o que se viu foi uma saraivada de elogios ao programa e o reforço da necessidade de aperfeiçoá-lo e ampliá-lo.

Segundo o cientista político, com essa manobra, o PSDB espera corrigir um erro adotado em 2006, quando o então candidato Geraldo Alckmin (PSDB) disparou inicialmente sua artilharia contra os alvos sociais do governo. Quando tentou reparar o estrago, era tarde demais. Lula venceu Alckmin no segundo turno com 60,83% dos votos. O tucano teve 39,17% - menos do que os 41,64% do primeiro turno.

Hoje, todos os partidos militam no continuísmo assistencialista. Na avaliação da política econômica, que inevitavelmente sempre pontua as disputas presidenciais, Wanderley Reis alerta para uma ambiguidade. "Se forem (PSDB e DEM) pelo lado da crise, o governo vai mostrar que, no Brasil estão sendo tomadas medidas para minimizá-la", diz Wanderley Reis.

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