Em entrevista ao jornal O Globo, e em tom de resposta às críticas do ministro Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, disse que juízes têm de enfrentar a opinião pública e não consultar "o sujeito da esquina" para tomar decisões.
Gilmar Mendes disse que subordinar os julgamentos à voz das ruas levaria a Justiça a adotar a pena de morte e o linchamento como antídotos contra a criminalidade
Gilmar Mendes também criticou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que indicaria profissionais despreparados para parte das vagas reservadas à classe em tribunais regionais federais: — Quando vejo a OAB sempre com dedo em riste para as outras instituições, me pergunto por que não olham para seus próprios problemas. Há pessoas que nunca passaram em concurso para juiz e agora aparecem em listas de indicação para desembargador.
Sem citar o protesto ou o ministro Joaquim Barbosa, o presidente do STF deixou claro que ainda não engoliu as críticas do colega, que há duas semanas o acusou de destruir a imagem do Judiciário e sugeriu que ele saia à rua para saber o que pensam de suas atitudes.
— Vamos ouvir as ruas para saber o que o povo pensa sobre o STF conceder ou não habeas corpus? Ou os nossos blogueiros? A jurisdição constitucional, por definição, é contramajoritária — afirmou Gilmar. — A gente não pode perder de vista o estado de direito. Se o juiz perde essa bússola, ele pode ser qualquer outra coisa, menos juiz.
O ministro também criticou a ideia de se limitar o tempo de permanência dos ministros do STF, como propõe o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA).
Segundo Gilmar, a criação de um mandato fixo tornaria a jurisprudência “ainda mais volátil e vacilante
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