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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Não vamos chegar perto dos porquinhos


O governador de São Paulo José Serra, principal pretendente tucano à presidência da República em 2010, disse a jornalistas que a gripe suína é simples de ser evitada. Basta não “chegar perto dos porquinhos”. Serra acha que as providências tomadas pelo governo federal para evitar que a “pandemia” chegue ao Brasil são corretas.

Seria interessante se o governador explicasse como pretende fazer campanha para a presidência se está recomendando não “chegar perto dos porquinhos”. Deve imaginar que perto dos porcões tucanos e democratas pode-se chegar sem susto de uma grave moléstia como a entrega plena e absoluta do Brasil nos braços do deus mercado.

As declarações cândidas e doces do governador FIESP/DASLU podem ser vistas no endereço http://www.youtube.com/watch?v=e5rPIG2lpYQ

Quando foi secretário de Governo na administração de Franco Montoro (1983/1987) José Serra baixou uma portaria recomendando que fossem guardadas e transformadas em blocos todas as sobras de papel em qualquer instância de governo. Um dia Montoro – que era um gentleman – mostrou a ele algumas aparas que havia guardado e rindo perguntou como fazer um bloco com aquilo.

Serra entende mesmo é de laboratórios. Tem interesses em algumas dessas corporações. E São Paulo é um estado pródigo em fabricar forças ocultas, refiro-me a Jânio Quadros em série.

Como o BBB acabou eu deduzo que William Bonner foi encarregado de achar uma forma de programa capaz de galvanizar a opinião pública, possibilitar lucros fabulosos a laboratórios e manter aquecidas as verbas de publicidade. Só que nesse negócio de gripe suína não combinou com o esquema FIESP/DASLU e muito menos com o candidato da rede a presidente da República e aí Serra fala uma besteira dessas.

Por que falou? Falou por que? Porque Serra como todo tucano é mau caráter e à falta do que falar coloca a camisola de vovozinha sendo lobo mau.

Bonner deve ter sido solicitado a criar um clima, digamos assim, numa sexta-feira 13 e achou que o ideal era um filme de terror em série. Devia ter colocado Miriam Leitão de atriz principal sob o patrocínio dos bancos.

E chamado para coadjuvantes os juízes e desembargadores trabalhistas que foram a um resort com tudo pago pela FEDERAÇÃO DOS BANCOS DO BRASIL, para discutir “questões de direito trabalhista”, vale dizer, ferro no trabalhador e um extra por fora.

Ao falar em “porquinhos” o governador de São Paulo, tucano e aliado dos democratas, que nomeou o ex-ínclito Roberto Freire para uma “boca” de 12 mil por mês sem precisar bater ponto ou por lá aparecer, mostra muito mais que despreparo. Mostra um cinismo que é peculiar a tucanos. E é absoluto, pleno e total.

A nova forma de terrorismo são os vírus inventados e fabricados pelos donos do mundo. Espalhados pelo mundo no terror da comunicação – controlada e paga por eles –. Gera lucros fabulosos, mantém as pessoas intimidadas, acuadas, transforma-as em objetos passivos diante de declarações cretinas como a do governador paulista. E buscam exibir um lado bonzinho que não existe nessa gente.

Deve ser o efeito filha de FHC. Funcionária do Senado, que está em Brasília – em tese né? – e morando em São Paulo, trabalhando em casa e ainda por cima recebendo horas extras.

Parece até o secretário de Saúde de Minas, um economista como Serra. Aparelhou toda a Secretaria, terceirizou o diabo e montou um monte de “terceiras”, digamos assim, controlando e comprando prefeitos e pronto para ser deputado federal com caminhões de votos. Fora disso mal se elegeu vereador em sua cidade.

Ou então o Procurador da FEAM – FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – Joaquim Martins, conhecido como “Quinzinho” – é por cento mesmo –, corrupto e venal, vendendo o lixo das principais prefeituras do estado, Minas, a grossas propinas para a Queiroz Galvão e suas subsidiárias.

Sei lá, acho que Serra imagina que pode falar esse tipo de bobagem, num desrespeito total ao cidadão e a cidadã, pois se a coisa apertar é só chamar Gilmar Mendes que Daniel Dantas dá um jeito.

E qualquer dificuldade a FEBRABAN paga estadias em resort. Um fato desses, juízes comprados pela FEBRABAN, é um escândalo maior que o das passagens dos nossos congressistas. O evento foi na Praia do Forte, Bahia.

O chamado processo democrático só fez arrumar o armário da ditadura militar nos moldes preconizados pelo general Golbery. O modelo é sempre o mesmo e existem horas que é preciso fechar, horas que é preciso abrir.

As chamadas instituições no Brasil estão falidas, comprometidas irremediavelmente e em estado terminal, com o vírus da corrupção que, por sua vez, é conseqüência da causa maior. O modelo político e econômico neoliberal, ditado a partir de Wall Street e Washington e, no Brasil, sob a batuta FIESP/DASLU, esquema que dirige e controla o tucanato.

Serra é a aposta deles.

Sugiro um slogan – se não pode chegar no porquinho, chegue no porcão, Serra presidente.

E o cara foi Ministro da Saúde e apresenta isso como seu maior trunfo. Eta nós sô!

Laerte Braga

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