Ele é o 1º governante brasileiro a pisar no país. Acordos bilaterais serão assinados
O presidente Luis Inácio Lula da Silva se encontrou neste sábado com o rei saudita Abdullah, na primeira viagem de um governante brasileiro à Arábia Saudita.
Os dois líderes conversaram e jantaram juntos no palácio real de Riad, onde também devem assinar uma série de acordos bilaterais nas áreas política, econômica e cultural.
Lula chegou à capital saudita na manhã deste sábado, acompanhado por uma numerosa delegação de executivos brasileiros interessados em fazer negócios e explorar oportunidades comerciais com o país do Oriente Médio, um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
Assim que chegou, Lula se encontrou com Abdurrahman al-Attiyah, secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo, que está interessado em um acordo de livre comércio com o Mercosul.
Uma das áreas de maior interesse para os sauditas no Brasil é a agricultura, já que Riad está em busca de recursos para reforçar sua produção e procura oportunidades de compra ou aluguel de terras cultiváveis em outros países.
Dois acordos de destaque devem ser assinados no domingo: o primeiro, entre a Petrobras e uma empresa de mineração saudita; o segundo, entre grupos farmacêuticos brasileiros e sauditas para a produção de insulina no país árabe.
No entanto, antes da viagem presidencial, o porta-voz de Lula em Brasília Marcelo Baumbach disse que as intenções do Brasil com a Arábia Saudita eram muito mais estratégicas do que comerciais.
"Um bom diálogo com a Arábia Saudita é um elemento positivo para a relação do Brasil com outros países árabes, principalmente os do Golfo", indicou.
A Arábia Saudita é o maior mercado consumidor de produtos brasileiros no Oriente Médio, com 5,5 bilhões de dólares anuais em negócios. O Brasil é o maior fornecedor saudita de carne de frango congelada, além de vender excelentes quantidades de carne bovina.
A Arábia Saudita é a primeira parada da viagem de Lula, que antes de retornar ao Brasil ainda vai à China e à Turquia.(Agência de notícias - AFP - RIAD, Arábia Saudita
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