O presidente do Itaú-Unibanco, Roberto Setubal, disse que a crise está provando que o Brasil é hoje um "país diferente". Ao analisar as diferenças da economia brasileira atual em relação ao tempo em que foi governado por Fernando Henrique Cardoso, para uma plateia de investidores em Nova York, o banqueiro brasileiro falou que o Brasil vive "uma nova era", comparado a outras nações. Ele disse que, enquanto o Brasil desfruta de um bom momento, nações como o Japão e outras economias ricas estão sendo rebaixadas por agências de risco.
Há um ano, lembrou Roberto Setubal, havia grande temor em relação às consequências da crise no mercado de crédito habitacional nos Estados Unidos e suas consequências na economia mundial. "O mundo definitivamente mudou", disse Setubal, na abertura da quarta edição da conferência para investidores internacionais realizada pela Itaú Securities, em Manhattan.
"O Brasil vai desempenhar um papel importante na economia global. Tem grande economia, grande população e grande mercado interno." Ele disse que o País, além de condições macroeconômicas positivas, também tem condições políticas muito fortes e, comparado a outros emergentes, é provavelmente um dos mais democráticos. "Isso é uma forte mensagem aos investidores internacionais. Em 20 anos, o Brasil deverá ocupar papel muito importante no mundo."
Segundo Setubal, o Brasil entrou na crise mundial "em condições muito boas", em relação a outras economias. A desvalorização do real, segundo ele, não se tornou um problema inflacionário. "Isso foi muito favorável para o Brasil: permitiu ao Banco Central reduzir a taxa de juro, como vemos hoje, e não há pressão inflacionária."
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