O Brasil e o Peru são candidatos para uma elevação da nota de crédito (upgrade) após provarem que são resilientes à crise global, embora não haja planos imediatos de elevação do rating, disseram analistas da agência de classificação de risco Moody’s Investor Service. “As crises revelaram a capacidade de resistência dos países aos choques e o Brasil e o Peru se saíram muito bem”, disse Mauro Leos, responsável da Moody’s para os ratings regionais, em teleconferência.
Enquanto a Standard & Poor’s e a Fitch Ratings conferiram grau de investimento à dívida soberana do Brasil e do Peru no ano passado, a Moody’s assumiu uma postura mais cautelosa, mantendo os dois países um nível abaixo do grau de investimento. Leos destacou que a Moody’s se sente confortável ao elevar ratings durante uma crise, como fez com o Chile, mas sua equipe de analistas vai segurar o julgamento até que veja mais dados econômicos sobre o impacto da crise. Os ratings para a dívida soberana do Brasil e do Peru têm perspectiva estável e normalmente a Moody’s altera a perspectiva antes de mudar o rating. (Correio Braziliense)
Segundo o analista sênior da Moody’s Gabriel Torres, o México está bem estabelecido três níveis acima do grau de investimento e tem amplo acesso aos mercados. O México, no entanto, é vulnerável por causa de sua dependência dos EUA, acrescentou. Torres indicou que a Moody’s não tem pressa para mudar o rating do país.
Os países da América Latina estão se saindo melhor do que muitos outros na desaceleração global, particularmente do que a Europa Oriental. “Os ratings da dívida da região começaram em geral mais baixos do que os de outras áreas. De fato, a crise tem mostrado que alguns são mais fortes do que muitos pensavam”, disse Torres. Enquanto isso, o impacto político da crise foi muito limitado e os sistemas bancários se mantiveram, em geral, sólidos, ele acrescentou.
No lado fiscal, alguns países da América Latina apresentavam superávits até serem atingidos pela crise e o declínio na renda não foi suficientemente dramático para atingir a maioria dos países, disse Torres. A Moody’s prevê um déficit fiscal médio de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. No caso da Argentina, o país não pode ser mais rebaixado a menos que haja um default ou risco iminente de default . “Em geral, estamos confortáveis com nossos ratings na região”, disse Leos.
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