O resultado do emprego no mês de março divulgado nesta semana pelo Caged é mais um sinal de que a economia brasileira está em recuperação. A avaliação é de Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, que espera que os próximos meses também tenham um saldo positivo de emprego.
No mês passado, foram criadas 34.818 vagas com carteira assinada, com abertura de 206.556 postos no país.
Para Borges, o que importa é a comparação com o mês anterior, e não com o mesmo período do ano passado. Em fevereiro, 9.179 novos empregos foram criados no mercado formal, segundo o Caged.
"É covardia comparar qualquer indicador deste ano com o mesmo período do ano passado. A economia se retraiu muito com a crise. A questão agora é avaliar a conjuntura atual", afirma o economista.
Segundo análise da LCA, retirando as influências sazonais, março foi o primeiro mês de criação efetiva de vagas desde novembro de 2008 -com 30 mil postos. Com ajuste sazonal, o mês de fevereiro teve um fechamento de 17 mil postos, de acordo com a consultoria.
Para Borges, a tendência é que o quadro de emprego melhore ainda mais no segundo trimestre. Além do reaquecimento da economia, ele cita as contratações para o Dia das Mães e para o Dia dos Namorados como fatores de impulsão do emprego no período. Nesse sentido, Borges também considera que as medidas adotadas pelo governo no primeiro trimestre para aquecer a economia, como a edição do pacote habitacional, vão se refletir em um aumento do emprego "em taxas mais robustas" no segundo trimestre.
Para Borges, o desemprego no Brasil não vai superar a taxa de 9% da população economicamente ativa neste ano. "O nível de desemprego tende a se estabilizar", afirma. (Guilherme Barros - Folha)
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