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terça-feira, 7 de abril de 2009

Oposição vai ao STJ para fugirem das investigações da Polícia Federal

Depois do apoio entusiasmado de Gilmar Mendes, partidos de oposição marcharam em direção ao STF (Superior Tribunal de Justiça), e pediram ao presidente, César Asfor Rocha, a criação de uma espécie de “corregedoria” para impedir a Polícia Federal de investigar com a desenvoltura atual, a roubalheira que financia campanhas eleitorais, em troca de fraudes nos contratos e licitações governamentais dos governos eleitos.

A gota d'água foi a Operação Castelo de Areia, que pegou com a boca na botija DEMos, tucanos e prepostos do PPS, citados em documentos, planilhas, ligando favorecimento em obras com doações de campanha seja em caixa um e ou caixa dois.

– Vivemos um quadro de insegurança muito grande, são muitos os exageros – disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) - expressando o sentimento de muitos demo-tucanos receosos de migrarem do congresso nacional para o presídio de segurança máxima de Catanduvas.

Mais sujos do que pau de galinheiro perante o Ministério Público (MP), que acompanha e endossa as operações da Polícia Federal, os envolvidos fogem de fazer reclamações contra a PF no MP.

Apesar do Ministério Público ter a prerrogativa constitucional de investigar ações da PF, o tucano Sérgio Guerra (PSDB/PE), disse que o modelo atual não é suficiente para coibir abusos. – É preciso ter um endereço certo para que as pessoas saibam onde reclamar disso – afirmou o tucano.

Então DEMos, PSDBistas e PPSistas querem criar uma Vara Especial na Justiça Federal para investigar a conduta da PF, em vez de abrir mais vagas para procuradores e peritos criminais no próprio Ministério Público e na PF para acelerar o combate à corrupção praticada por maus políticos.

Aliado

Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, já havia defendido a criação de um órgão de controle das atividades da Polícia Federal. Mendes disse estar “absolutamente convencido” da necessidade da criação da Corregedoria de Polícia porque considera ineficiente o atual controle externo do Ministério Público sobre a PF.

Nesta segunda, o plenário do Conselho Nacional do Ministério Público aprovou, por unanimidade, nota oficial, na qual “vem a público refutar” a declaração de Mendes.

Depois de ressaltar que o Ministério Público é - “na qualidade de titular da ação penal - o órgão constitucionalmente legitimado a exercer o controle externo da atividade policial”, que é feito “com responsabilidade, compromisso e seriedade”, a nota expedida pelo CNMP admite estar “ciente das dificuldades enfrentadas no dia a dia, ante as resistências que ainda se fazem presentes”. Mas informa que “tem buscado superá-las, instituindo regras balizadoras do exercício da atividade de controle externo, por meio da Resolução n° 20, de maio de 2007”.

Ainda conforme a nota, uma comissão do CNMP desenvolve, no momento, “amplo levantamento dos resultados do trabalho do Ministério Público nesse campo”. Os integrantes do conselho reafirmam “a certeza de que o Judiciário já desempenha importante função resolutiva de conflitos sociais, não sendo positivo para a estabilidade do sistema jurídico-constitucional do Estado que aquele Poder chame para si o cumprimento de tarefas outras, para as quais já existem instituições habilitadas e legitimadas pela Constituição da República”.

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