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quinta-feira, 16 de abril de 2009

O trabalho de um Policial Federal combina com comício político?

Para não ficarmos discutindo o sexo dos anjos... para não ficarmos discutindo se o fato existe ou não, vamos mostrar os fatos primeiro.

Protógenes participou de um comício político do PSOL em praça pública no centro do Rio de Janeiro, no dia 2 de abril, ao lado de Heloísa Helena e outros líderes do partido.

As pessoas podem ser a favor ou contra, mas não dá para dizer que o fato não existe.


A função de delegado da Polícia Federal fica comprometida com esse tipo de atividade político-partidária, porque tira a isenção do delegado para investigar crime organizado de senadores, deputados, governadores e até presidente.

Assim como um juiz não deve falar fora dos autos, nem sobre causas que poderão vir a julgar (e tantos condenamos Gilmar Mendes por isso), um policial também não deve tomar partido dessa forma publicamente.

E não se trata apenas do PSOL. Fosse em um comício do PT, do PCdoB ou de que partido que fosse, a crítica continuaria sendo a mesma.

O delegado pode e deve seguir carreira política se desejar, e pelo partido que desejar. Pode recorrer à sua biografia honrosa de policial, expor seu currículo na campanha, como tem feito.

Mas deveria se licenciar da Polícia Federal primeiro, para não ficar numa clara situação de conflito de interesses.

Quem quiser discordar, que discorde, o debate está aberto, mas não vale dizer que o fato não existe.

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