Pela primeira vez em público, o Presidente Lula disse que sua candidata à sucessão de 2010 é a ministra Dilma, chefe da Casa Civil. Em outras ocasiões Lula limitara-se a destacar o preparo da ministra para o cargo e que julgava que o Brasil deveria ter uma mulher como presidente. Lula descartou a hipótese de disputar novamente o cargo nas eleições presidenciais de 2014.
"Fazer minha sucessão é uma tarefa gigantesca", disse Lula ontem em entrevista à rádio Globo, Lula disse "Todo mundo sabe que tenho intenção de fazer com que Dilma seja candidata do PT e dos partidos, mas se ela vai ganhar vai depender do trabalho de cada brasileiro e de cada brasileira", afirmou.
Na realidade, Lula já conseguiu articular a maioria do PT para seu projeto de sucessão presidencial. Dilma só não será a candidata do partido se não quiser, despencar nas pesquisas (há notícias no Palácio do Planalto que ela já atingiu os 20% na região Nordeste) ou se mostrar inteiramente inviável eleitoralmente. Os partidos a que Lula se refere são as siglas que integram a base aliada, especialmente o PMDB.
A avaliação é que Dilma também já se tornou majoritária no PMDB, mas há dúvidas se o partido efetivamente fará uma aliança com o PT, indicando um candidato a vice na chapa da ministra, ou se dividirá entre a candidatura dela e a do nome a ser indicado pelo PSDB. O mais cotado é o do governador José Serra (SP), mas o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, ainda está no páreo.
Lula descartou a hipótese de se candidatar novamente à Presidência em 2014.
"É bobagem imaginar que daqui a quatro anos a gente pode voltar", explicou Lula. "Rei morto, rei posto", comentou o entrevistador Antonio Carlos. "Eu tenho que me contentar em agradecer a Deus porque eu já fui presidente por oito anos, reeleito duas vezes com mais de 60% dos votos" - as duas em segundo turno, contra José Serra, em 2002, e Geraldo Alckmin, em 2006.
"Eu só tenho que torcer para que quem seja eleito faça muito mais do que eu, faça com mais competência, faça melhor", disse. "E que o povo não tenha saudade de mim, mas tenha saudade de que a pessoa que fez mais possa continuar por mais um mandato", acrescentou, numa frase indicativa de que o presidente deixou de lado a ideia de acabar com a reeleição - ele sempre se declarou contrário ao instituto, estabelecido em 1997, no governo tucano.
Na entrevista, Lula atribuiu sua queda de popularidade aos efeitos da crise mundial, outra vez criticou a oposição por ter derrubado a CPMF, destacou que acabara com a fila no INSS, como prometera numa coletiva às rádios, no Palácio do Planalto, e disse que economicamente o Brasil é o país "que está mais sólido no mundo, hoje".
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