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sábado, 11 de abril de 2009

Le Grand Mond

Fernando Henrique Cardoso saiu de um seminário nos Estados Unidos e começou a conversar com jornalistas brasileiros misturando palavras em português com outras em inglês. Imagino que supunha estivesse falando para a imprensa mundial. Mais ou menos como aquela história que José Vasconcelos contava, ainda no tempo do vinil, sobre uma determinada emissora de rádio pernambucana – “Rádio Clube de Pernambuco, falando para Recife, Pernambuco, o Brasil e o mundo” –.

Fernando Henrique Cardoso não absorveu ainda o golpe desferido por Barak Obama que classificou Lula de “cara”. Fernando Henrique Cardoso acredita piamente que fez um grande favor ao Brasil e ao mundo presidindo este País por oito anos. Fernando Henrique Cardoso não suporta ficar num canto. Quer o palco e o centro do palco a qualquer custo, nem que seja em ridículas entrevistas como a que concedeu misturando inglês e português.

Queria dizer o que? Que ele fala a língua dos patrões e Lula não?

Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente da República numa farsa montada de fora, interesses dos donos do mundo, a soldo deles, chamada Plano Real. E isso só foi possível porque um banana que acha topete é documento, Itamar Franco, foi enrolado de todos os jeitos e até hoje pensa que foi presidente da República. Foi reeleito dentro do projeto neoliberal com menos de dois terços dos votos dos eleitores brasileiros e depois de toda a sorte de manobras para aprovar a reeleição, inclusive compra de votos de deputados e senadores. Existe um número imenso disposto a vender e expondo essa “mercadoria” à porta de seus gabinetes.

Outros, como o tucano CORRUPtasso Jereissati preferem jatinhos.

Fernando Henrique Cardoso é o guia e o guru de uma das maiores “empresas” da política brasileira, o PSDB, que pretende eleger José Serra, governador de São Paulo, presidente da República em 2010. Conhecidos como tucanos formam a linha de frente da corrupção e da pilantragem no País e essa é só conseqüência.

A causa é o ideário neoliberal. Todo esse modelo que gerou essa crise descomunal e no Brasil foi implantado pelo homem que fala várias línguas. Foi o ponto de partida e continua a ser o ponto de caminhada. A corrupção é implícita a esse modelo, é parte intrínseca de uma personalidade doentia e megalômana como Fernando Henrique Cardoso, que, “pensa que FhC é superlativo de PhD” – Millôr Fernandes.

Esse tipo de comportamento de FHC é o reflexo do mundo contemporâneo, onde o ser é apenas objeto de consumo e FHC é um objeto dos que o mantém. Não suporta a idéia que seus quinze minutos de fama e glória tenham terminado.

Dois jornais de Israel, de extrema-direita (falar em extrema-direita em Israel é quase que desnecessário, o estado israelense é a própria extrema-direita), publicaram as fotos da posse do novo gabinete e retiraram as duas mulheres ministras da foto original. Um substituiu as ministras por homens e outro jogou uma sombra sobre as ditas.

Referidos jornais – vá lá – sumiram com as ministras Limor Livnat e Sofa Landver para exibir um gabinete só de homens. Não admitem mulheres além dos deveres maternos e da cozinha. Lembra outra história. A do gaúcho que se gabava ao mineiro que no Rio Grande todos eram machos e o mineiro respondeu que em Minas não, metade era homem, metade era mulher e “isso é muito bão”.

Os jornais são o YATED NEEMAN e o SHAA TOVA. O primeiro tirou as mulheres da foto usando recursos de um programa de computador e o segundo jogou sombras sobre a foto original.

Celso Furtado dizia que a “a revolução feminista foi a maior dentre todas as revoluções do século XX”.

A história do mineiro e do gaúcho pode ser até meio preconceituosa, mas reflete com picardia o comportamento de ultra ortodoxos judeus, como de qualquer fundamentalismo. A Igreja Católica até hoje nega seus “sacramentos” a mulheres divorciadas. A notícia sobre a adulteração da foto – Israel em si é uma adulteração – pode ser vista em http://viva.mulher.blog.uol.com.br/ images/03gabineteisrael.jpg.

Esperto é Obama. O presidente dos Estados Unidos num discurso em que fala em paz no Oriente Médio e assegura que os soldados de seu país sairão do Iraque até o final de 2010, conclama os muçulmanos a entenderem que a “luta” dos norte-americanos não é contra o Islã, mas contra o “terrorismo”.

Obama esteve no Iraque e despejou boa parte do estoque de vaselina da Casa Branca sobre os iraquianos, mas não adiantou muito. Milhares saíram às ruas para exigir que os norte-americanos voltem para suas casas e parem de saquear o seu país. Dois terços dos bens do Museu de Bagdá já estão em território “libertador”, sendo expostos em New York.

É preciso antes explicar o conceito que tem sobre “terrorismo”. Soldados de Israel com camisas onde mulheres árabes grávidas são exibidas com a inscrição “dispare um tiro e mate dois inimigos”? Extermínio em massa de palestinos? Estupros, tortura, saque, expansionismo dos tais ultra ortodoxos? Bem complicado esse trem.

Há uma exposição de indústrias bélicas. A LAAD 2009 – Latin American & Defense – acontecerá no Rio de Janeiro, de 14 a 17 de abril e lá estarão presentes indústrias que produzem armas e equipamentos para tortura, saques, invasões, todo o repertório de barbárie com tecnologia. Israel se fará representar pela ELBIT SYSTEMS GROUPS, ISRAEL MILITARYS INDUSTRIES LTD e a ISRAEL WEAPON INDUSTRIES LTD. São empresas que fabricam as armas usadas contra os palestinos.

É um escárnio que isso aconteça no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo. Os “compradores” vão poder apreciar desde imensas peças de artilharia e no “paralelo”, o “mercado oculto”, todo o poder de armas químicas e biológicas testadas com sucesso em palestinos na última investida nazi/sionista contra aquele povo. Falo de Gaza.

Sílvio Berlusconi, amigo do tucano Gilmar Mendes, que preside a STF DANTAS INCOPORATION LTD, a propósito dos tremores de terra em seu país que mataram centenas de pessoas, deixaram milhares ao desabrigo e destruíram cidades inteiras, disse que “foi como um fim de semana agitado”. Não quer ajuda em mercadorias a despeito das denúncias de escassez. O doublé de banqueiro e palhaço – sem ofensa aos palhaços – quer apenas ajuda em espécie, grana mesmo. Afirmou que não falta nada às vítimas, embora as imagens mostrem o contrário e negou que empresários tenham aumentado preços de mercadorias consideradas essenciais em tragédias assim dizendo que empresários são patriotas.

O tal de patriotismo é doença em qualquer lugar.

C’est le grand monde. Segundo uma ex-miss – outro trem complicado, o tal de ex-isso, ex-aquilo – de nome Francine, o vencedor do programa/bordel BBB-9 “ficou mais bonito com um milhão e quero casar”. Já o objeto masculino criado segundo as normas da sociedade de espetáculos, está fugindo da raia. É um dos dilemas da patriótica rede de comunicação do sistema GLOBO, no Brasil.

Vai ver domingo vão publicar uma reportagem dizendo que Brizola ressuscitou e veio dos quintos do inferno para provocar uma crise no BBB, tomando o milhão do tal cara.

A culpa disso tudo é da AL QUEDA. Fernando Henrique Cardoso é só um detalhe sobre o modelo “objeto canalha” produzido em massa por banqueiros, empresários e latifundiários na matriz de Wall Street. Aqui no Brasil são vendidos e compráveis sob várias denominações. Tucanos, DEMocratas, bancada ruralista, bancada evangélica, vai por aí afora. E a lógico, a bancada do jatinho, bem mais cara. Operam num esquema chamado FIESP/DASLU.

Por: Laerte Braga

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