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domingo, 19 de abril de 2009

Ex-contador de Gerson Camata denuncia propinas e caixa-2

Marcos Vinícius Moreira Andrade, por 19 anos , assessorou o senador Gerson Camata (PMDB/ES) em posição de confiança, cuidando do dinheiro, tanto no gabinete como em 7 campanhas eleitorais.

Discreto, afirma que nos círculos mais próximos, em Vitória, o chamam de "Marcos Camata", tamanha era a sua intimidade com o senador.

Em 2005, assumiu a presidência da Banestes Seguros, a seguradora do governo do estado do Espírito Santo, por dois anos e meio.

Quando Marcos não foi reconduzido ao cargo, procurou Camata, pedindo apoio, e foi tratado como uma pessoa inconveniente:

- Ele me recebeu em pé, apressado. Me tratou como eu o vi fazer, por 19 anos, quando dispensava as pessoas que não lhe agradavam.

Magoado, Marcos Vinícius, resolveu abrir o jogo, após dois anos do incidente.

Abriu um caderno contendo uma longa lista de prestadores de serviços da campanha de Camata ao Senado, em 2002, e marcou alguns nomes com uma caneta, incluindo o seu nome, e afirmou que não prestaram serviço nenhum, apenas receberam ordem do senador para apresentar recibo falso, de forma a esquentar a retirada de quase R$ 200 mil de sobras de campanha eleitoral, como se fossem despesas.

Em outra denúncia, contou que Silvio Peixoto, da Odebrecht, uma vez apareceu no escritório do senador com um pacote de US$ 5 mil para o senador, como uma espécie de participação nos resultados mensais para Camata da cobrança de pedágio na Terceira ponte, que liga Vitória a Vila Velha.

Outra prática é o dízimo, quando um parlamentar cobra uma parte sobre o salário de seus assessores. Vinícius afirma que durante 13 anos seguidos, foi obrigado a reservar 30% de seu salário no senado para o pagar despesas pessoais de Camata: o condomínio do apartamento do senador, o IPTU, a luz e o telefone.

Também disse ter testemunhado o senador capixaba receber auxílio-moradia do Senado indevidamente, porque o senador tinha apartamento próprio em Brasília.

Segundo Vinícius, Camata usou a verba indenizatória do Senado como se fosse para aluguel de um carro, mas na verdade comprou o veículo Golf GTI (avaliado em R$ 109 mil) com o dinheiro.

Camata contesta dizendo que seu ex-assessor está perturbado.

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