Enquanto o tucanoduto da ALSTOM não vem, Maluf é a bola da vez.
O Ministério Público paulista fechou acordo com o banco alemão Deutsche Bank, para devolver aos cofres públicos brasileiros US$ 5 milhões em contas no exterior, atrabuídas aos filhos de Maluf.
Mais US$ 22 milhões estão bloqueados no paraíso fiscal das Ilhas Jersey, aguardando decisão da Justiça local.
O promotor Sílvio Marques garante ter provas:
"A família Maluf nega as acusações, mas temos provas materiais de que houve desvio de dinheiro público no município de São Paulo".
O ESQUEMA
Segundo a investigação, o esquema de corrupção seguia o caminho:
1) empreiteiras que faziam obras para a prefeitura pagavam para empresas terceirizadas por serviços simulados.
2) Os valores eram desviados para o exterior, em paraísos fiscais, para contas nas Ilhas Jersey, no Canal da Mancha.
A Justiça de lá apurou que as empresas Kildare Finance e Durant International eram as donas das contas.
Os donos da Durant são os três filhos de Maluf, apurou a justiça, a partir de assinaturas deles em um documento.
3) Esse dinheiro público desviado da prefeitura, foi transferido para a empresa Eucatex, da família Maluf - afirmou o promotor.
A prova mais contundente é uma transferência de quase R$ 28 milhões para a Eucatex.
7) O Deutsch Bank, um dos bancos que movimentou o dinheiro durante a fraude, aceitou repassar US$ 5 milhões, que serão divididos entre a Prefeitura, o Estado e a União.
O dinheiro ainda não é aquele que faz parte dos recursos que estão bloqueados.
Ao se declarar usado pelo esquema, o banco decidiu repassar parte do dinheiro que ajudou a movimentar no exterior. O acordo deve ser assinado na segunda-feira.
Maluf nega tudo.
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