O Brasil começou em destaque na versão latino-americana do Fórum Econômico Mundial, que ocorre no Rio até amanhã com a presença dos presidentes Lula e Álvaro Urihe (Colômbia) e de executivos nacionais e internacionais. Para o empresário Marcelo Odebrecht, a crise abre oportunidade para empresas latinas conquistarem novos mercados.
Timothy Flynn, diretor da KPMG Internacional, veem os países do continente mais fortes para lidar com a crise mundial, diferentemente de outros tempos. Embora identifique maiores dificuldades para o México e países centro-americanos devido à dependência das exportações aos Estados Unidos, Flynn vê as economias de Brasil e Argentina em melhores condições para enfrentar os efeitos da crise. Os dois países, justifica o diretor da KPMG, levam vantagem devido à maior diversificação da pauta de exportações.
O Brasil tem a vantagem de ter um sistema bancário nacional mais saudável e de estar investindo em infraestrutura com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – afirma Flynn. – A boa notícia é que os bancos da região, de um modo geral, não estavam carregados com os chamados derivativos tóxicos. O impacto da crise, no entanto, se dará pela queda da demanda e pela redução dos preços das commodities, principalmente petróleo e minerais. Isso tem causado problemas para as economias da América Latina que dependem pesadamente das exportações de commodities.
Presidente Lula abre o Fórum Econômico da América Latina
A versão latino-americana do Fórum Econômico Mundial reúne hoje e amanhã mais de 500 acadêmicos, empresários e políticos de 37 países no Rio de Janeiro. Às 11h, no InterContinental Hotel, o Presidente Lula abre o evento, que terá a crise econômica global como centro das discussões. Lula falará sobre as "Implicações da Crise Econômica Global para a América Latina".
Na abertura esta manhã, no Rio, com um discurso do Presidente Lula, o World Economic Forum na América Latina já tem um diagnóstico: “Com Brasil e México sendo responsáveis por quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) da América Latina, o comportamento desses dois gigantes vai ditar o caminho para o resto da região”, diz um documento entregue previamente aos 500 participantes do debate. Eles representam o empresariado, governos, sociedade civil, acadêmicos e mídia de 35 países.
Para os organizadores do Fórum, os brasileiros estão numa situação mais animadora: “Desde 2002 o governo Lula tem procurado instituir um caminho equilibrado, respondendo às necessidades das empresas e, ao mesmo tempo, atacando profundos problemas sociais. O Presidente Lula, agindo com pragmatismo, construiu uma estabilidade macroeconômica, e isso melhorou o clima geral para os negócios”.
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração