A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio Grande do Sul deve divulgar hoje sua análise sobre o relatório e um CD, entregue pelo ex-ouvidor Adão Paiani, com escutas telefônicas ilegais feitas dentro do governo gaúcho.
Mas o conteúdo já vazou para a imprensa.
O CD tem 30 minutos de seis telefonemas feitos na reta de chegada da eleição do ano passado (final de setembro e o começo de outubro).
Os telefonemas grampeados foram trocados por Ricardo Luís Lied (chefe de gabinete da governadora) com seu primo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Lajeado (RS) Márcio Klaus (PSDB)
Klaus que foi preso antes da eleição sob acusação de compra de votos.
Num telefonema, o chefe de gabinete de Yeda discute com o vereador, após a eleição, a substituição do delegado regional da Polícia Civil e do comandante da Brigada Militar na cidade, em retaliação pela prisão. A troca não foi consumada. "Houve tráfico de influência claro, explícito e muito cristalino", disse Paiani.
Segundo Paiani, os grampos foram feitos, sem autorização judicial, por policiais que operam o sistema Guardião (próprio para monitorar escutas telefônicas) da Secretaria da Segurança Pública.
Paiani preserva a identeidade da fonte que lhe entregou o CD e disse desconhecer o motivo e quem deu a ordem para espionar o chefe de gabinete de Yeda.
A bancada do PT na Assembléia Legislativa gaúcha pretende levar o caso à Polícia Federal.
-
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração