O Senado encontrou uma fórmula para burlar a lei antinepotismo: usa empresas prestadoras de serviços terceirizados para empregar parentes de funcionários. Pelo menos três diretores da Casa e duas empresas estão envolvidos no esquema. O diretor de Gestão de Documentos do Arquivo do Senado tem um filho e um irmão trabalhando na Casa. No Arquivo também trabalha o filho do diretor da Subsecretaria de Suprimentos da Gráfica do Senado. Segundo a Advocacia-Geral do Senado, a triangulação não é ilegal. O problema é a suspeita de ingerência dos diretores para favorecer parentes. Estima-se que cerca de 90% dos terceirizados têm vínculo com funcionários da Casa. Depois dos escândalos com o afastamento do diretor-geral e o pagamento de horas extras no recesso, o Senado ainda esconde informações: não forneceu a lista de funcionários terceirizados.
Se não bastasse a onda de denúncias que tem exigido do Senado explicações quase diárias sobre irregularidades administrativas cometidas por parlamentares e servidores, a Casa poderá ter seu ritmo de trabalho comprometido esse ano pela aproximação das eleições. Em 2010, dois terços dos parlamentares terão que renovar seus mandatos se quiserem ficar na Casa. O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), prevê dias difíceis para o Senado. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que termina seu mandato no ano que vem, concorda que as elições vão influenciar nos trabalhos ainda em 2009. Para se manter como maior bancada, o partido terá que reeleger pelo menos 10 senadores em 2010.
Corrupção tucana
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