Para análise e comentários de vocês, um artigo de Kennedy Alencar na Folha...
Goste-se ou não, concorde-se ou não, ele preencheu uma lacuna. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, tem sido a voz da oposição desde o ano passado, quando assumiu o comando da mais alta corte de Justiça do país.
Enquanto o PSDB, o principal partido de oposição, não consegue articular um discurso contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva, Mendes faz contraponto constante à administração petista. O último exemplo foi o ataque ao repasse de verbas públicas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Na Quarta-Feira de Cinzas, Mendes comentou as invasões de terra em São Paulo. Disse que eram uma "ilicitude". E a responsabilidade, segundo ele, era "de quem subsidia". No caso concreto, do governo federal.
Trocando em miúdos: comete crime quem dá dinheiro público a quem comete crime. Expressão perfeita como princípio. Incorreta se aplicada de forma generalizada ao MST, como fez o ministro. Afinal, ele criminalizou um importante movimento social, cujos militantes, em sua larga maioria, são gente pobre que busca um lugar ao sol.
O Brasil sabe o que dá tratar a questão social como caso de polícia, mas o objetivo principal desta "Pensata" não é entrar no mérito de todas as posições políticas do presidente do STF. É constatar que ele tem articulado, com eficiência, um discurso de oposição a Lula e à hegemonia política do petismo nos últimos seis anos e tanto.
Se o governo federal concede refúgio político a Battisti, Mendes faz o contraponto. Se um grampo sem fita aparece na praça, ele chama o presidente da República "às falas" para alertar sobre um suposto estado policial. Os exemplos são fartos. Bastam algumas buscas na internet.
Gilmar Mendes aponta um caminho para uma oposição sem rumo. Seus pronunciamentos ganham entusiasmados aplausos da centro-direita e da direita. Se essa trilha é a que levará ao sucesso, há dúvidas. (Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online - Link)
No blog, Os amigos da presidente Dilma:Presidência seria uma satisfação
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