O Presidente Lula disse hoje, na inauguração de uma escola técnica em Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense, os críticos da sua política educacional, a quem acusou de integrarem uma elite que nunca teve dificuldades para estudar. "Eles pensam que pobre só serve para ser pedreiro. Mas pobre quer ser engenheiro também", disse o Presidente. Lula incluiu em suas críticas desde o governo Fernando Henrique Cardoso a setores do movimento sindical de professores universitários e do movimento estudantil.
O Presidente lembrou que em 1998 o então ministro da Educação, Paulo Renato Souza, cujo nome não citou, fez o congresso editar uma lei dissociando o ensino profissionalizante do ensino médio. O presidente também lembrou que os críticos do Programa Reúne - de reestruturação das universidades federais - protestaram contra a proposta de aumentar o número de alunos por professor, em média, de nove para 18. "Vamos ser francos: não é muito 18 alunos por professor. Mas aqui no Brasil tinha gente que falava é muito, vai cansar o professor", afirmou.
Lula atribuiu as atitudes nos dois casos a reações da elite que, segundo ele, não se incomoda se os pobres lhe pedirem comida, mas reage negativamente quando vê que os pobres na outra mesa estão comendo. Lula participou pessoalmente da inauguração da escola técnica federal em Cabo Frio e, via TV MEC (Ministério da Educação), de solenidades simultâneas de escolas técnicas em Volta Redonda e Duque de Caxias.
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