Segundo homem na hierarquia do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) usou de ironia ontem para responder às denúncias de irregularidades que tomam conta da agenda desde a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para presidente da Casa. "Tá na hora de fechar o Congresso", afirmou Heráclito, primeiro secretário na Mesa Diretora. "Estou me sentindo igual a um barqueiro de canoa de pobre: toda hora tenho de tapar um buraco." As declarações vieram após o senador ter dado explicações a respeito de passagens áreas financiadas pelo Senado e usadas pela senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) para trazer assessores do Maranhão e sobre as denúncias de nepotismo na contratação por firmas terceirizadas.
"Há uma campanha orquestrada contra o Senado. Isso não é justo", disse. Desde que assumiu o Senado, em fevereiro, Sarney passou a maior parte do tempo respondendo a denúncias de irregularidades, como o uso de seguranças do Senado para vigiar propriedades de sua família no Maranhão, revelado pelo Estado, e o pagamento de horas extras a servidores durante o recesso. As versões ontem sobre o episódio envolvendo Roseana foram desencontradas.
Cota de passagens gera discussão no Senado
O pagamento de passagens aéreas para amigos e assessores da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), causou ontem discussão no Senado. A senadora comprou os bilhetes, segundo o site Congresso em Foco, com a cota que recebe para se deslocar de Brasília ao Maranhão. E hospedou parte do grupo na residência oficial da presidência do Senado. A casa está vazia porque o senador José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana, permaneceu morando em sua residência particular mesmo depois de eleito presidente do Senado. Ao comentar o caso, revelado pelo site, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que, se for divulgada a forma como essas passagens são usadas, "vai ser um constrangimento, não escapa nem jornalista". Ele criticou as acusações contra o Senado e disse que em breve "está na hora de fechar o Congresso" porque haveria uma "campanha orquestrada contra a Casa". Heráclito não identificou os jornalistas que mencionou como supostos beneficiários.
Plenário do Congresso tem menor produção desde 2000
Quarenta e três dias após o início oficial das atividades de 2009, o Congresso Nacional registra até agora a menor produtividade em plenário dos últimos nove anos, com só oito projetos votados pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Ao custo proporcional de R$ 740 milhões, equivalentes a 43 dias de um orçamento anual de R$ 6,3 bilhões, congressistas só aprovaram no plenário quatro medidas provisórias e quatro projetos de lei nesse período.
O número representa cerca de um terço da largada de 2008, quando 25 projetos foram votados pelos dois plenários. Em 2007, foram 38 (a Folha não computou resoluções, requerimentos e outros projetos de tramitação menos complexa). O desempenho atual só tem paralelo com o de 2000, quando os primeiros 43 dias resultaram na votação de oito projetos. Naquele início de ano, porém, o Congresso havia trabalhado extraordinariamente no recesso e votado até emendas à Constituição, a peça legislativa mais difícil de aprovar.
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