A CPI das Escutas Clandestinas tornará públicos os volumes do inquérito que investiga uma suposta rede de espionagem comandada pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz durante a Operação Satiagraha. Os documentos foram enviados aos deputados na semana passada pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal. Os integrantes da CPI decidiram também pela convocação de Protógenes e de Paulo Lacerda, ex-diretor da Abin, para prestarem depoimento.
O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), disse que as informações apreendidas no computador de Protógenes estão sob sigilo e, a princípio, não serão divulgadas. A CPI, instalada em dezembro de 2007, foi prorrogada por dois meses para investigar supostos abusos do delegado Protógenes. Ele deverá comparecer à CPI no dia 01 de abril e será um dos últimos a prestar esclarecimentos. A CPI convocará também o agente da Abin Marcio Seltz e o delegado-corregedor Amaro Vieira Ferreira, que investiga a condução de Protógenes durante a Operação Satiagraha.
As escutas clandestinas feitas por Protógenes tinham objetivo de "tumultuar as eleições de 2010", no entendimento do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), autor do requerimento para dar publicidade ao inquérito."Ele estava se municiando de informações para dar um golpe ou constranger candidatos nas próximas eleições", disse, em referência a grampos de conversas da ministra Dilma, e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pré-candidatos à Presidência da República no próximo ano.
Os deputados convidaram o juiz Ali Mazloum para esclarecer as dúvidas sobre as investigações. O juiz quebrou o sigilo telefônico do delegado da Polícia Federal. Os integrantes da CPI convidaram também o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o ex-ministro José Dirceu, que supostamente foram alvos de grampos.
Citada nas investigações como alvo de escutas clandestinas de Protógenes, a ministra Dilma, disse não temer os grampos, mas colocou em dúvida a veracidade do relatório. "Vocês sabem se todo aquele relatório é fidedigno?", questionou a jornalistas ontem. "Não tenho problema com grampo. Não acho correto, pessoalmente"(Leia mais).
Mensagem ao partido apóia Dilma. Leia:http://www.osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/
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