Quem conhece a política paulista recente sabe que Quércia tem uma reputação idêntica à de Maluf, quando o assunto é corrupção.
No entanto, Quércia telefonou parabenizando Jarbas Vasconcelos por assumir o lado corrupto do PMDB!
Será possível vermos Jarbas Vasconcelos se aliando a Orestes Quércia para promover uma cruzada de depuração moral e ética no PMDB?
Seria cômico, surreal demais. Nem jogar para a torcida daria certo.
Outra hipótese mais plausível é aquela história de "sair do armário", só que nada tem a ver com vida íntima.
Neste caso quem sai do armário são os corruptos "oprimidos" que finalmente se "libertam" e assumem sua condição de corruptos, "podendo andar de cabeça erguida" na rua, "orgulhosos" de ostentar aquilo que são.
Quem sabe o Senador não apresenta no Senado um projeto de lei criando o "Dia do Orgulho Corrupto".
Já é feio para o próprio Jarbas dizer isso agora, depois dele mesmo ter passado a vida toda no PMDB, vendo tudo o que havia no partido, e ficar caladinho, "não largando o osso".
E é imoral ele dizer que sabe disso e nunca ter denunciado um colega de partido no Conselho de Ética ou no Ministério Público.
Mas o pior é outro episódio em sua recente biografia:
O próprio Jarbas Vasconcelos até hoje deve explicações, se ele próprio não se corrompeu quando visitou a fazenda pertence à Usina Pagrisa, no Pará, em outubro de 2007.
Esta fazenda foi autuada pelo Ministério do Trabalho e é processada pelo Ministério Público Federal por trabalho escravo, com libertação de 1.064 trabalhadores.
O senador presidiu uma comissão de senadores articulada por Kátia Abreu que foi tomar um cafezinho na fazenda com os usineiros. Passou poucas horas na fazenda, ciceroneado pelos donos, e emitiu nota dizendo que a fazenda "oferece condições adequadas de trabalho", querendo com isso livrar a cara dos donos.
Se isso não é uma forma de corrupção, o que falta para ser?
Não por acaso, na mesma entrevista em que assume a corrupção, como se fosse dos outros, Jarbas Vasconcelos repete o discurso da elite chamando o bolsa-família de esmola e compra de votos.
Assim parece que política social "boa" na cabeça do Senador é "trabalho escravo" na "senzala" dos usineiros, como na fazenda que ele tentou livrar a cara.
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