Apesar da sequencia de escândalos desde as privatizações, Daniel Dantas só ganhou as páginas dos grandes jornais quando foi preso.
O mesmo acontece agora com a corrupção tucana do governo Yeda Crusius.
O governo de Yeda Crusius está sob investigação do Ministério Público, desde a Operação Rodin da Polícia Federal, que desbaratou um esquema de corrupção no DETRAN gaúcho.
Um ex-alto funcionário daquele governo aparece morto no lago Paranoá, em Brasília, poucos dias antes de prestar depoimento (informação confirmada pela esposa).
A Deputada Luciana Genro, o vereador Pedro Ruas e o presidente estadual do Psol, Roberto Robaina, em entrevista coletiva, fizeram denúncias graves sobre a corrupção de Yeda Crusius, citando fatos, nomes e números. Coisa muito mais significativa do que disse Jarbas Vasconcelos.
A dita grande imprensa poderia até levantar dúvidas sobre a denúncia de Luciana Genro, pois ela não apresentou as gravações, mas jamais poderia ignorar a dimensão da notícia, pois não foi em off, ele denunciou publicamente, tal qual fez Roberto Jefferson com Marcos Valério, e Gilmar Mendes e Demóstenes Torres no "suposto" grampo. Em nenhum dos casos, exigiu-se provas para publicar as denúncias.
Veja as denúncias do PSOL:
- A empresa Mac Engenharia teria repassado R$ 500 mil à campanha de Yeda. Estariam presentes na reunião, no final de 2006, Chico Fraga, Aod Cunha, Rubens Bordini, Delson Martini, Carlos Crusius, marido da governadora, Lair Ferst e Marcelo Cavalcante. Ruas disse que há áudio e vídeo dessa reunião, gravados por Lair Ferst.
- Duas parcelas de R$ 200 mil teriam sido recebidas de fumageiras de Santa Cruz e Venâncio Aires. Nessa reunião, em 2006, segundo Luciana, estariam presentes Aod e Lair que, na conversa, teria enfatizado que não poderia dar recibo a pedido da governadora, na época, candidata. Essa conversa também teria sido gravada em áudio e vídeo.
- Conversa em que a governadora negociaria a repartição do dinheiro oriundo da corrupção do Detran. Segundo Luciana, teria sido oferecido à governadora R$ 100 mil mensais pelo esquema "e ela diz que não se levanta da cadeira por R$ 100 mil". O fato teria sido relatado no depoimento de Lair como parte da delação premiada e haveria testemunhas do diálogo, segundo Ruas.
- O deputado José Otávio Germano teria entregue R$ 400 mil para a campanha de Yeda. Esse dinheiro seria fruto de caixa 2. Segundo o Psol, ele teria afirmado que entregou o dinheiro para conseguir um crédito político com a governadora. Estariam presentes na reunião, em 2006, segundo Luciana, Lair, a candidata e Marcelo Cavalcante. A conversa teria sido gravada em áudio e vídeo.
- Lair e um corretor chamado Albert falariam de toda a formatação da compra da casa de Yeda em um vídeo. "Ele é muito detalhado, muito explícito. Pega da primeira a última palavra da conversa", disse Ruas. No vídeo, segundo ele, aparece a entrega do dinheiro vivo.
- Entrega de mensalinhos para várias pessoas que seria feita por Valna, secretária de Yeda, e por Delson Martini. Estariam presentes Lair Ferst e Marcelo Cavalcante. Esse episódio, em 2007, teria sido gravado em áudio e vídeo.
- Humberto Busnello teria entregue R$ 100 mil de caixa 2 para Aod Cunha, na presença de Lair, durante a campanha. O evento também teria sido gravado em áudio e vídeo.
- Longa explanação de contas particulares de várias pessoas, inclusive da governadora, feito por agências de publicidade a pedido dela. Tudo teria sido feito na presença de Lair e de Marcelo Cavalcante. Também haveria vídeo e áudio.
-Diálogo sobre reforma feita na casa da governadora pela Magna Engenharia. Esse diálogo teria acontecido na presença de Lair e teria sido gravado em áudio e vídeo. Lair negociaria a reforma e o pagamento que, segundo Ruas, não seria feito pela governadora.
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