Clésio Andrade baseia-se em detalhes revelados pela pesquisa do Instituto Sensus sobre como os entrevistados veem a crise: para 74,2%, o governo deve usar recursos públicos para salvar empresas e preservar empregos.
A maioria também (56,5%) conhece alguém demitido por efeito da crise, e 50% concordam, por isso, com a proposta da Força Sindical, de que é preferível redução de jornada e salário a ficar desempregado.
"Há esperança no futuro, centrada no forte discurso positivo e nas medidas anticrise" adotadas pelo governo, comentou Andrade. "O discurso de Lula divide o ônus com outros governantes, passa esperança, e a população crê que a crise é passageira", continuou ele.
Para o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, já passou por períodos de populismo do Presidente, o país vive uma onda de "lulismo". Ele lembra que já em dezembro Lula e o governo quebravam o recorde nos índices da pesquisa, iniciada em 1998.
Para o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), as boas notas conferidas ao Presidente Lula se apoiam nos programas sociais de complementação de renda, nos aumentos do salário mínimo, na redução da inflação - que elevou o poder aquisitivo dos trabalhadores - e na elevação do emprego formal. Além disso, diz o deputado, o presidente é um "grande comunicador", que consegue transmitir confiança às pessoas.
Realizada entre 26 e 30 de janeiro com 2 mil pessoas, a pesquisa mostra que na avaliação conjuntural, 38,5% disseram que a situação econômica interna se agravou, visão compartilhada por 28,1% em dezembro. A maioria tem, porém, expectativas positivas para os seis meses à frente. Subiu de 47,3% para 51,1%, o percentual que acredita na melhora da oferta de emprego.
Os bons resultados de Lula refletem-se na liderança do Presidente em pesquisa espontânea sobre a sua sucessão em 2010. Mesmo sem poder ser candidato à reeleição, Lula tem 21,3% ante 8,7% do governador paulista, José Serra (PSDB), 3,9% do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), e 2,5% da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil. Nas perguntas estimuladas, tanto Serra quando Aécio caem, enquanto sobe a virtual candidata de Lula, Dilma Rousseff.
Pesquisa mostra que Dilma vence Aécio
A pesquisa Sensus apresentou aos 2.000 entrevistados sete cenários com diferentes candidatos às eleições presidenciais de 2010. Em um mês, o tucano José Serra caiu de 46,5% para 42,8% na simulação em que enfrenta Dilma Rousseff (PT) e Heloisa Helena (PSOL). Já a ministra da Casa Civil subiu de 10,4% para 13,5%.
No Nordeste, onde Lula é ainda mais popular que no resto do páis, Dilma chega a 21,8% das preferências. A liderança de José Serra na pequisa só é folgada na região Sul - 57,4% a 12,8%.
Na divisão do eleitorado por escolaridade, Dilma alcança seu maior índice (20,4%) entre os que têm curso superior. Nessa faixa, Serra tem 42,1% das intenções de voto.
Dos entrevistados com até quatro anos de estudo, 12,6% optam por Dilma e 42,2% por Serra. Na divisão por renda, a vantagem do tucano sobre a petista é de 24 pontos porcentuais entre os que ganham até um salário mínimo e de 12 entre os que recebem acima de 20 salários.
No cenário em que é apresentado como candidato do PSDB, o mineiro Aécio Neves aparece com 23,3% e Dilma chega a 16,4%, e Heloísa Helena com 18,2%.
Nos cenários de segundo turno, Serra também perde pontos para Dilma: de 53,7% em dezembro para 50,8% em janeiro. Dilma sobe de 14,5% para 16,6%. Contra Aécio, Dilma vai de 20,2% para 23,9%. Leia mais pesquisa aqui no blog Os Amigos da Presidente Dilma
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração