Antes acostumados a mamar nas tetas do governo, e viver em compadrio com os bancos na captura do dinheiro DOS OUTROS (como o embolso da CPMF), os empresários CANSADOS da FIESP, agora obrigados a recorrer ao livre mercado (que tanto defendem da boca para fora), fazem côro ao povo brasileiro contra os juros escorchantes dos bancos.
Bem-vindo ao mundo dos simples mortais, "companheiro" Skaf.
Deu no Estadão:
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, acusou alguns bancos de se valerem do momento de crise para cobrar spreads de quase 50% ao ano. Spread é a diferença entre a taxa de juros cobrada por bancos e financeiras dos clientes e a que eles pagam para captar os recursos. Para Skaf, o nível elevado de spread configuraria uma prática típica de agiotagem."
Skaf citou diretamente o banco HSBC, que segundo ele cobrou um spread médio de 45,6% nas operações de crédito para capital de giro realizadas com empresas entre 16 e 22 de janeiro. "É uma roubalheira", afirmou o presidente da Fiesp em entrevista ao Estado."No HSBC, o spread é de quase 50%, e a fonte é o próprio Banco Central, não são coisas inventadas", ressaltou.
Segundo Skaf, cobrar uma taxa dessas num período de crise é algo inaceitável e justificaria inclusive a prisão do presidente do banco. "Tem que ir lá e prender como agiota", disse o presidente da Fiesp. "Se isso acontecesse há 40 anos, dava cadeia, por agiotagem."
Ele alegou que a previsão de inflação para este ano está entre 4% e 5% e há bancos no mercado cujo spread no período foi de 12,7%, caso do Santander, e de 15,2% (Caixa Econômica Federal). "Se esses sobrevivem e ganham dinheiro, por que o outro cobra quase 50%? ", questionou Skaf.
O presidente da Fiesp também questionou o spread do Banco do Brasil, de 23,4%. "O da Caixa foi 15,2%. Então, eu não entendo por que o BB tem que ter um spread de quase 10 pontos porcentuais maior."
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