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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A turma da boquinha


Derrotados nas eleições municipais não ficam na rua da amargura. Eles têm abrigo certo em gabinetes de parlamentares aliados

O Senado abriu as portas para acomodar políticos desempregados. Com a posse de novos prefeitos e secretários municipais, em 1º de janeiro, muitos dos antecessores ficaram no olho da rua, mas alguns conseguiram refúgio nas cotas de cargos comissionados a que têm direito os senadores.

A nomeação publicada no boletim administrativo da Casa trouxe o nome de Milsom Paschoalino para exercer a função de secretário parlamentar no gabinete de Jefferson Praia (PDT-AM). Paschoalino foi subsecretário de Praia na Secretaria de Desenvolvimento de Manaus e assumiu o comando da pasta quando o aliado tomou posse no Senado na vaga aberta com a morte de Jefferson Peres (PDT-AM) no ano passado.

O prefeito Serafim Corrêa (PSB), candidato à reeleição em outubro passado, perdeu a disputa para Amazonino Mendes (PTB). Com a mudança na administração da capital do Amazonas, o secretariado foi renovado, deixando Paschoalino sem emprego. Praia estendeu a mão ao aliado.

Da Paraíba vem outro exemplo. O senador Cícero Lucena (PSDB) reservou um lugar em seu gabinete para Cláudio Lucena de Albertim, nomeado pelo ato do diretor-geral nº 01, de 7 de janeiro. Albertim, então vice-prefeito do município paraibano de Cabedelo, lançou-se na disputa para prefeito pela chapa Um Novo Tempo para Cabedelo, composta pelos partidos PR, PSDB, PV, PSL e PMN.

Com a bênção de Cícero Lucena, Albertim retirou a candidatura e, em troca, terá apoio para concorrer à Assembleia Legislativa do estado no próximo ano. Até lá, terá, se quiser, um lugar no gabinete do aliado político tucano. Não há parentesco próximo entre eles que configure a prática de nepotismo.

Outro que terá um lugar no Senado é Tasso Cavalcante Passos, candidato do PMN derrotado na corrida pela Prefeitura de Palmas no mês de outubro, quando Raul Filho (PT) se reelegeu. Passos teve apenas 0,69% dos votos. O senador João Ribeiro (PR-TO) se sensibilizou e decidiu nomeá-lo para um cargo comissionado, segundo o ato nº 28 assinado pela diretor-geral da Casa do dia 9.

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