Para os partidos de oposição, a largada para a campanha eleitoral de 2010 começa no mês que vem. Dirigentes do PSDB, DEM e PPS se reunirão em fevereiro, em Brasília, para discutir a montagem dos palanques estaduais comuns aos três partidos, o que sustentará a próxima campanha presidencial apoiada pelo grupo encabeçado pelo governador paulista, o tucano José Serra. A ideia é solucionar divergências regionais o mais rapidamente possível e limpar o terreno para a candidatura ao Planalto.
O problema é que já existem pelo menos dois cenários complicados para o grupo administrar. Na Bahia, o PSDB sondou o ex-governador Paulo Souto, do DEM, para ser o candidato tucano à sucessão do governador petista Jaques Wagner. E no Rio Grande do Sul, a governadora tucana Yeda Crusius não tem mais relações políticas com o vice-governador Paulo Feijó (DEM), que faz oposição sistemática ao governo, desde sua posse, por divergência em relação a medidas administrativas tomadase, vejam só, a corrupção no governo da tucana.
No caso da Bahia, o DEM não aceita o assédio do PSDB sobre Paulo Souto. Seus dirigentes acham que uma eventual desfiliação do ex-governador para fortalecer um partido parceiro no projeto nacional criaria uma aresta política grave na relação entre o DEM e os tucanos.
"A ideia é formar uma aliança nacional que ajude os três partidos nas eleições de 2010. Não é uma corrida para ver qual partido chega na frente. Então, não adianta o PSDB quebrar o DEM na Bahia para se dar bem. Paulo Souto é o nosso candidato ao governo e a eleição baiana é um alvo estratégico muito importante para o DEM. Não vamos aceitar que o PSDB tente resolver seus problemas políticos na Bahia criando uma situação difícil para nosso partido", afirma o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).
Na sua avaliação, a manutenção da boa relação também garante um esforço extra do partido para tentar reaproximar o diretório gaúcho do governo de Yeda Crusius. "Nosso primeiro movimento é para reaproximar politicamente os dois grupos. Se isso vai resultar numa candidatura convergente mais adiante, é um segundo passo. E a ideia é começar as conversas nesse sentido", diz o dirigente do DEM.
Apesar desses problemas, Rodrigo Maia avalia que o caminho de acerto entre os três partidos em torno de uma candidatura nacional comum já está mais do que pavimentado. "Seja em torno de José Serra ou de Aécio Neves, os três partidos certamente caminharão juntos na sucessão presidencial. E a convergência na formação dos palanques regionais é uma sinalização importante porque mostra que é uma aliança política plural."
"Todos ganham com esse movimento. Ganham o PSDB e seu candidato, porque terá os melhores palanques regionais possíveis. Ganham DEM e PPS, que não terão o candidato à Presidência, mas reforçarão suas candidaturas regionais e participarão do projeto de poder nacional, em caso de vitória"
A reunião de fevereiro também servirá para que os partidos afinem o discurso contra o governo federal em relação à crise econônica, que deve ser a agenda dominante, disse Rodrigo Maia.
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse também que a antecipação da negociação em torno dos palanques de PSDB, DEM e PPS é para evitar que em 2010 se repitam situações como as que teve de enfrentar o tucano Geraldo Alckmin, na campanha de 2006, contra o Presidente Lula ."Não queremos chegar à situação de o candidato a presidente não poder sequer visitar determinados Estados por conta dos conflitos entre aliados, como ocorreu no passado recente",
Ele se referia à falta de palanque para a campanha presidencial de Alckmin em Estados como Rio de Janeiro, Tocantins, Amazonas e Bahia, em que os aliados viviam às turras. Dois anos atrás, o PSDB baiano juntou-se ao PT do governador Jaques Wagner e derrotou Paulo Souto, que dividia o palanque com Alckmin.
Os presidentes dos partidos PSDB, DEM e PPS, dizem também querer ampliar o arco de alianças, e, sempre que possível, a orientação é para que se dê prioridade ao PMDB. Na avaliação da direção tucana, as construções políticas locais serão favorecidas pela boa perspectiva da candidatura nacional do partido. A aposta geral é que, com presidenciáveis como os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, ficará mais fácil agregar aliados aos palanques estaduais do PSDB.
Em Sergipe, o partido não só espera novas adesões, como se empenha em reduzir a distância entre tucanos e o grupo do ex-governador do DEM João Alves. No Rio Grande do Norte, o PSDB só não apoiou a candidata vitoriosa à Prefeitura de Natal, Micarla Souza, por conta das dificuldades locais com o líder do DEM no Senado, José Agripino, que apadrinhou a candidatura, e da aliança local com o PSB da governadora Vilma Faria. O resultado, além da derrota na capital, foi o enfraquecimento do PSDB no interior.
Diante de resultados como esse, Guerra propõe que a prioridade, neste primeiro semestre de 2009, seja pacificar a base. "Vamos trabalhar para harmonizar os partidos para que nosso candidato a presidente não fique com o apoio das cúpulas e sem solidariedade das bases partidárias, e em 2010 nós vamos ganhar, nosso candidato será o presidente", afirmou Guerra, ao dizer qual é a agenda prioritária da reunião de fevereiro próximo. No Rio de Janeiro, o roteiro é "dar consistência" à aliança com o PPS e o PV, que teve 50% dos votos na capital.
O problema é que já existem pelo menos dois cenários complicados para o grupo administrar. Na Bahia, o PSDB sondou o ex-governador Paulo Souto, do DEM, para ser o candidato tucano à sucessão do governador petista Jaques Wagner. E no Rio Grande do Sul, a governadora tucana Yeda Crusius não tem mais relações políticas com o vice-governador Paulo Feijó (DEM), que faz oposição sistemática ao governo, desde sua posse, por divergência em relação a medidas administrativas tomadase, vejam só, a corrupção no governo da tucana.
No caso da Bahia, o DEM não aceita o assédio do PSDB sobre Paulo Souto. Seus dirigentes acham que uma eventual desfiliação do ex-governador para fortalecer um partido parceiro no projeto nacional criaria uma aresta política grave na relação entre o DEM e os tucanos.
"A ideia é formar uma aliança nacional que ajude os três partidos nas eleições de 2010. Não é uma corrida para ver qual partido chega na frente. Então, não adianta o PSDB quebrar o DEM na Bahia para se dar bem. Paulo Souto é o nosso candidato ao governo e a eleição baiana é um alvo estratégico muito importante para o DEM. Não vamos aceitar que o PSDB tente resolver seus problemas políticos na Bahia criando uma situação difícil para nosso partido", afirma o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).
Na sua avaliação, a manutenção da boa relação também garante um esforço extra do partido para tentar reaproximar o diretório gaúcho do governo de Yeda Crusius. "Nosso primeiro movimento é para reaproximar politicamente os dois grupos. Se isso vai resultar numa candidatura convergente mais adiante, é um segundo passo. E a ideia é começar as conversas nesse sentido", diz o dirigente do DEM.
Apesar desses problemas, Rodrigo Maia avalia que o caminho de acerto entre os três partidos em torno de uma candidatura nacional comum já está mais do que pavimentado. "Seja em torno de José Serra ou de Aécio Neves, os três partidos certamente caminharão juntos na sucessão presidencial. E a convergência na formação dos palanques regionais é uma sinalização importante porque mostra que é uma aliança política plural."
"Todos ganham com esse movimento. Ganham o PSDB e seu candidato, porque terá os melhores palanques regionais possíveis. Ganham DEM e PPS, que não terão o candidato à Presidência, mas reforçarão suas candidaturas regionais e participarão do projeto de poder nacional, em caso de vitória"
A reunião de fevereiro também servirá para que os partidos afinem o discurso contra o governo federal em relação à crise econônica, que deve ser a agenda dominante, disse Rodrigo Maia.
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse também que a antecipação da negociação em torno dos palanques de PSDB, DEM e PPS é para evitar que em 2010 se repitam situações como as que teve de enfrentar o tucano Geraldo Alckmin, na campanha de 2006, contra o Presidente Lula ."Não queremos chegar à situação de o candidato a presidente não poder sequer visitar determinados Estados por conta dos conflitos entre aliados, como ocorreu no passado recente",
Ele se referia à falta de palanque para a campanha presidencial de Alckmin em Estados como Rio de Janeiro, Tocantins, Amazonas e Bahia, em que os aliados viviam às turras. Dois anos atrás, o PSDB baiano juntou-se ao PT do governador Jaques Wagner e derrotou Paulo Souto, que dividia o palanque com Alckmin.
Os presidentes dos partidos PSDB, DEM e PPS, dizem também querer ampliar o arco de alianças, e, sempre que possível, a orientação é para que se dê prioridade ao PMDB. Na avaliação da direção tucana, as construções políticas locais serão favorecidas pela boa perspectiva da candidatura nacional do partido. A aposta geral é que, com presidenciáveis como os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, ficará mais fácil agregar aliados aos palanques estaduais do PSDB.
Em Sergipe, o partido não só espera novas adesões, como se empenha em reduzir a distância entre tucanos e o grupo do ex-governador do DEM João Alves. No Rio Grande do Norte, o PSDB só não apoiou a candidata vitoriosa à Prefeitura de Natal, Micarla Souza, por conta das dificuldades locais com o líder do DEM no Senado, José Agripino, que apadrinhou a candidatura, e da aliança local com o PSB da governadora Vilma Faria. O resultado, além da derrota na capital, foi o enfraquecimento do PSDB no interior.
Diante de resultados como esse, Guerra propõe que a prioridade, neste primeiro semestre de 2009, seja pacificar a base. "Vamos trabalhar para harmonizar os partidos para que nosso candidato a presidente não fique com o apoio das cúpulas e sem solidariedade das bases partidárias, e em 2010 nós vamos ganhar, nosso candidato será o presidente", afirmou Guerra, ao dizer qual é a agenda prioritária da reunião de fevereiro próximo. No Rio de Janeiro, o roteiro é "dar consistência" à aliança com o PPS e o PV, que teve 50% dos votos na capital.
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