Um grande número de empresas e trabalhadores preferiu não esperar o resultado do debate público sobre flexibilização de direitos trabalhistas. Enquanto a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo a (Fiesp) do Skaf, as centrais sindicais e políticos discutem se devem ou não rever direitos trabalhistas para evitar demissões, pelo menos 130 indústrias e nove sindicatos (representando 532 mil metalúrgicos) negociam discretamente por conta própria. Pelo menos oito acordos já foram fechados.
Os acordos já concluídos envolvem desde banco de horas - em que a redução de trabalho numa época é compensada por horas extras em outro período - até redução de jornada de trabalho e salários. Os acordos são uma alternativa às demissões, mas não deixam os trabalhadores imunes a cortes. Por enquanto, as negociações se concentram nas empresas mais afetadas pela crise: montadoras, autopeças, eletroeletrônicos e indústrias ligadas à siderurgia.
"A Fiesp demonstra mais uma vez o seu oportunismo ao usar a crise internacional para fazer avançar sua pauta histórica de retirada dos direitos dos trabalhadores."
Do sindicalista Carlos Alberto Grana, presidente da Confederação dos Metalúrgicos da CUT (Central Única dos Trabalhadores), sobre a proposta de redução de salários como forma de evitar demissões
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