O BNDES vem se reunindo com bancos internacionais e alguns grandes bancos nacionais para estruturar "Fundos Brasil de investimento" em infra-estrutura, petróleo e gás, energia e outras oportunidades no país.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que vários produtos serão anunciados ao mercado durante "road shows" que a equipe econômica do governo fará pelo mundo. O primeiro ocorrerá em março, em Nova York, com a presença do Presidente Lula. A idéia é oferecer os fundos "aos bolsões de poupança no mundo", como fundos soberanos e países acumulando centenas de bilhões de dólares de reservas internacionais, como China e as petromonarquias. ''Esses países não encontrarão nos próximos dois anos oportunidades de investimento com tanta rentabilidade e segurança quanto aquelas que o Brasil irá oferecer'', disse Luciano Coutinho.
O projeto está sendo montado justamente quando os bancos internacionais estimam que o fluxo de capitais privados para o Brasil vão declinar US$ 12 bilhões este ano, de US$ 37 bilhões para US$ 25 bilhões, no rastro da crise global e aversão ao risco por parte de investidores. Não há meta de captação, mas Coutinho aposta que no total o Brasil poderá atrair o dobro do que os bancos deixarão de colocar no país. Os "Fundos Brasil de Investimentos" serão fundos privados, formados pelos bancos. O BNDES entra como estimulador, e poderá participar como cotista para dar segurança aos investimentos. Segundo ele, a disposição dos bancos tem sido boa para acelerar o desenvolvimento desses fundos estruturados.
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