O Presidente Lula afirmou ontem que não haverá diminuição "de um só dólar" nos investimentos da Petrobras por conta da crise econômica mundial. "Todas as refinarias estão mantidas, a do Rio Grande do Norte, do Maranhão e a do Ceará", disse Lula durante uma apresentação do Fórum dos Governadores do Nordeste, realizado no Recife.
A Petrobras deve anunciar em breve seu plano estratégico para o período de 2009-2013, mas nos últimos dias havia rumores de que a queda do preço do petróleo ameaçaria os planos de construção de refinarias no Brasil, que perderiam prioridade para os investimentos na exploração do petróleo na camada pré-sal. Os projetos deveriam ter sido divulgados em outubro, mas por causa da instabilidade que a crise trouxe a divulgação acabou adiada para este mês.
Em um discurso anterior ao do presidente, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, explicou que os investimentos da Petrobras fazem parte do tripé de ações que o governo federal está tomando para enfrentar os problemas econômicos. "O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o pré-sal e os programas sociais formam o pacote anticíclico do Brasil." Segundo a ministra, é o PAC que vai garantir a manutenção do emprego no país, por isso o governo mantém o quase R$ 1 trilhão em investimentos estruturais.
Na avaliação da ministra, essa crise tem maiores proporções que de a 1929 e a dos anos 90. "Agora, temos uma crise de trilhões de dólares", disse. Porém, na sua avaliação, o Brasil sofrerá menos do que outros países emergentes. "Até setembro, vínhamos acelerando ainda", observou a ministra, em referência aos indicadores econômicos.
O fato de o Brasil não ter de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta crise, ao contrário das demais, é o que vai garantir que o país continue crescendo, de acordo com a ministra. "Hoje, não quebramos. Somos credores em dólares. Temos todos os instrumentos nas mãos: política fiscal e monetária", afirmou. Com isso, ela assegurou que o Brasil continuará a fazer investimentos, evitando o surgimentos de gargalos na área de infra-estrutura. "A crise de energia, por exemplo, não caiu do céu", disse ela, fazendo uma referência ao racionamento de 2001.
Outro potencial que o Brasil vai explorar neste momento de crise, disse a ministra, é o que ela chama de "mercado de massa". A expansão da renda, do crédito e dos programas sociais possibilitou o surgimento de uma nova classe média, que será importante para enfrentarmos o momento de problemas econômicos mundial. "Temos de olhar para os 190 milhões de consumidores que temos", afirmou Dilma.
O Presidente Lula, durante discurso em Olinda, lembrou que grande parte das obras PAC será inaugurada em 2009 e 2010. "São R$ 504 bilhões [investidos] em todos os Estados. A partir daí vamos construir um novo PAC, um novo compromisso para que quem entrar no governo não tenha que perder tempo e já tenha as definições das obras prioritárias para esse país.". Sobre a crise financeira mundial, Lula disse que vai mostrar como enfrentar a instabilidade econômica internacional.
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