O Presidente Lula esteve por três horas em Belo Horizonte na última sexta feira, com o objetivo, na agenda, de inaugurar obras de urbanização na Aglomerado da Serra, a maior favela da capital mineira e uma das maiores do País. Desembarcou às 10 horas da manhã na base aérea da Pampulha, retornou às 13 horas ao avião, com destino a Santa Catarina onde foi oferecer sua solidariedade a desabrigados.
Nesses 180 minutos em que transitou em Minas, parece que o seu propósito foi o reafirmar o apoio ao prefeito Fernando Pimentel, que manteve o PT na Prefeitura, ainda que na companhia do governador Aécio Neves. O futuro prefeito, Márcio Lacerda, do PSB, que também estava presente, foi apoiado tanto por petistas, quanto por tucanos numa surpreendente aliança na política brasileira.
Durante o tempo em que permaneceu no aglomerado da Serra, o presidente foi escoltado amistosamente pelo governador e pelo prefeito, incluindo o breve tempo em que discursaram num palanque e nas cerimônias de distribuição de casas populares. O comportamento do presidente foi objeto de várias leituras. Houve quem viu no seu gesto o apoio à estratégia do prefeito que preferiu dividir a vitória do que ser derrotado sem formar grandes alianças, como ocorreu com os petistas de Salvador, São Paulo e Porto Alegre. Outros viram apenas a confraternização das três esferas do poder que associaram seus investimentos para a realização de um programa de urbanização que está sendo usado como modelo para iniciativas semelhantes no País e no exterior. Representantes de vários países estiveram presente à festa.
No Aglomerado da Serra viviam 50 mil pessoas penduradas em vários morros diferentes mas na mesma vida precária de todas as favelas brasileiras. A diferença foi vista pelo presidente Lula ao inaugurar um conjunto de soluções, denominadas Vila Viva, realizadas pela prefeitura com o propósito de oferecer a esses moradores os mesmos serviços disponíveis para os que vivem na cidade formal, lá embaixo. As obras custaram R$180 milhões, foram iniciadas em janeiro do ano passado e têm como destaque a rede de esgotos.
O programa contemplou a remoção de 2.500 famílias que residiam em áreas de risco de desabamento, perto de esgotos ou em locais por onde iriam passar a avenida, as ruas e interceptores de esgotos. Os moradores tiveram a opção de ocupar apartamentos construídos na favela ou adquirir casa em outro local. "Mas, nesse último, caso sob nossa supervisão. Eles escolhiam a casa e nós efetuávamos o pagamento", disse a engenheira Patrícia Batista, da Empresa de Urbanização de Belo Horizonte (Urbel), da Prefeitura.
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