O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) negou ontem, em nota oficial, que esteja fiscalizando a campanha de arrecadação de dinheiro promovida pela Record para reconstruir casas afetadas pelas enchentes em Santa Catarina, diferentemente do que a emissora vem alardeando.
Desde sexta, a Record vem divulgando intensamente uma conta bancária do Instituto Ressoar (ONG da TV) para o telespectador fazer depósito.
Para dar maior credibilidade à campanha, a rede informou no ar que os gastos seriam auditados pelo Ministério Público.
A Record, de fato, enviou sexta-feira ao MP-SP um ofício pedindo a "fiscalização" da conta.O MP-SP, no entanto, desmentiu que esteja auditando os recursos. Segundo sua assessoria de imprensa, não cabe ao Ministério Público fiscalizar esse tipo de campanha. O MP-SP informou que não autorizou a Record a utilizar seu nome e que o ofício não foi analisado.
Informada sobre os argumentos do MP-SP, a Record admitiu que o órgão pode apenas "acompanhar" a arrecadação. "Se houve algum erro nosso, foi alguns apresentadores usarem a palavra "fiscalizar'", disse Honorilton Gonçalves, vice-presidente artístico.
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