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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Da milícia para a Câmara


Suspeita de ser líder de milícias no Rio, a vereadora eleita Carmen Glória Guinancio Guimarães (PT do B), a Carminha Jerominho, poderá ser empossada na Câmara da capital fluminense em janeiro. O desembargador Luiz Felipe Francisco, vice-presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), negou mandado de segurança pedido pelo Ministério Público Eleitoral contra sua diplomação.

Carminha é acusada de integrar a ‘Liga da Justiça’ grupo de extermínio que agia em favelas do Rio para intimidar e coagir eleitores. Ela recebeu mais de 22 mil votos, a maior parte na zona oeste do Rio. Conseguiu manter sua candidatura mesmo estando presa por 40 dias, desde 29 de agosto, no presídio de segurança máxima de Catanduva (PR).

O pai

Ela é filha do vereador Jerônimo Guimarães Filho (PMDB), o Jerominho, que está preso desde 26 de dezembro de 2007, mas pode ser beneficiado por um projeto em tramitação na Câmara que concede licença compulsória para vereadores presos. Pela Lei Orgânica do Município, o vereador perde o mandato se faltar a um terço das sessões, mas não é punido se faltar por estar preso.

O projeto está sendo analisado pela Comissão de Justiça da Câmara. Na próxima etapa, a Mesa Diretora decidirá se a proposta irá a voto no plenário. Jerominho foi um dos indiciados na CPI das Milícias da Assembléia Legislativa, com outras 226 pessoas, por participação em grupos paramilitares.

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