Em reunião ontem em Brasília, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fecharam o preço básico da venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil: cerca de R$ 6,4 bilhões. Falta, agora, somente o aval do Presidente Lula.O preço de venda do banco paulista, que foi avaliado por seis consultorias independentes, foi o principal impasse nas negociações.
Serra afirmou que a MP 443, editada pelo governo para permitir que bancos estatais comprem instituições financeiras, pode apressar a venda da Nossa Caixa. Segundo ele, a operação já poderia ser feita por meio de troca de ações, mas agora a venda direta é permitida.
Com a Nossa Caixa, o Banco do Brasil assumiria mais R$ 54 bilhões em ativos (dados de junho) e atingiria um porte de R$ 470 bilhões -ainda R$ 105 bilhões menor do que o novo banco formado por Itaú e Unibanco. Projeções indicam que a posição de ativos do BB e da Nossa Caixa chegaria, em setembro, a até R$ 500 bilhões.
Além da anunciada incorporação do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) e da compra da Nossa Caixa, o BB negocia ainda aquisição do BRB, instituição pública do Distrito Federal.
Caixa Econômica Federal lucra R$ 722 milhões
O banco registrou lucro líquido de R$ 722,5 milhões no terceiro trimestre — valor 10 vezes maior do que o apurado no mesmo período do ano passado (R$ 62,5 milhões)
Habitação terá R$ 22 bi
A Caixa Econômica Federal pretende destinar R$ 22 bilhões para o setor de habitação este ano. No acumulado até outubro, foram liberados R$ 18,2 bilhões. Segundo o vice-presidente da área de governo, Jorge Hereda, esses empréstimos, que totalizaram pouco mais de R$ 1 bilhão no mês passado, não sofreram redução por conta da crise financeira internacional. “É viável chegar a R$ 22 bilhões e até ficar próximo dos R$ 23 bilhões”, afirmou.
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