Todo mundo fala que o Brasil não tem como se desenvolver plenamente sem investimentos maciços em educação, ciência e tecnologia.
O problema é que educação, ciência e tecnologia só geram frutos a médio e longo prazo, e governos demagogos e populistas como os demo-tucanos só pensavam nas eleições dos 2 ou 4 anos seguintes. O país do futuro ficava sempre para o amanhã.
Para completar o drama, a elite empresarial brasileira tem mentalidade tecnológica colonizada: quando conquista algum avanço em suas empresas, vende a preço de banana, para corporações, como o recente caso do grupo Ermírio de Morais, que vendeu 2 empresas de tecnologia de ponta para a multinacional Monsanto (leia aqui).
O presidente Lula revela-se o estadista que é quando faz investimentos para as próximas gerações. Constrói centenas de escolas técnicas federais, colocando uma em cada município, amplia a rede de universidades federais, amplia vagas com o REUNI.
Agora o Programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) investirá cerca de R$ 600 milhões em 101 unidades de pesquisas, que passam a ocupar posição estratégica no Sistema Nacional de C&T.
O programa, que contava com R$ 523 milhões, recebeu cerca de R$ 70 milhões em reforço financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e da Petrobras. Este é o maior valor destinado para uma chamada pública para apoio à pesquisa já disponibilizada no Brasil.
O dinheiro será investido em institutos públicos e não em empresas privadas, para evitar o tráfico de tecnologia brasileira para o estrangeiro, com no citado caso dos Ermírio de Moraes.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) repassará as verbas e, junto como o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCT), fará acompanhamento do desempenho. As unidades que não apresentarem os resultados esperados, terão os recursos bloqueados.
MAIS PESQUISAS NO NORTE, NORDESTE E CENTRO-OESTE
Para desagrado do governador José Serra, boa parte das pesquisas serão fora de São Paulo, corrigindo distorções regionais.
Sudeste e Sul continuam recebendo os maiores volumes de verbas por terem estruturas e projetos já em curso, mas as regiões onde não tinham ou tinham poucos institutos de pesquisa, terão forte ampliação, como as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Os institutos selecionados começam a funcionar ainda este ano e estão distribuídos pelas cinco regiões do País. O Norte sediará oito institutos, que receberão R$ 42 milhões; no Nordeste, 14 institutos terão R$ 59 milhões; no Centro-Oeste, três instituições terão recursos de R$ 18 milhões; na região Sul os 13 institutos selecionados recebem R$ 53 milhões, e no Sudeste, onde se encontram 63 unidades - o maior número de sedes - o aporte chega a R$ 319 milhões.
Matéria completa na Agência CT
-
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração