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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Emprego formal registra expansão de 6,98% em 2007


A quantidade de empregos formais cresceu 6,98% em 2007, o que significa 2,45 milhões de novos postos de trabalho. Os números fazem parte da mais completa radiografia do emprego formal feita pelo governo, elaborada com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Os números relativos a 2007 foram anunciados ontem pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

A pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) considera que o Brasil encerrou o ano passado com um estoque de 37,6 milhões de empregos formais, frente 35,1 milhões postos de trabalhos em dezembro de 2006.

Entram na conta os empregados formais celetistas, estatutários, temporários, avulsos, entre outros; cobrindo 97% dos empregos formais. De um ano para outro, o setor que mais ofereceu novas vagas foi a construção civil, com um salto de 16,11%. Esse segmento gerou 224 mil novos postos de trabalho formais em 2007, encerrando o ano com um estoque de 1,6 milhão de empregados formais. O pior desempenho foi no setor de extração mineral, mesmo que com módico índice de crescimento de 1,23%, o que representou a criação de 2,2 mil novas vagas.

A remuneração média dos trabalhadores formais cresceu 0,68%, em termos reais, de 2006 para 2007. O salário médio era de R$ 1.346,77 em dezembro de 2006 e atingiu R$ 1.355,89 em dezembro do ano passado. A pesquisa mostra, entretanto, que a remuneração dos homens subiu mais que a das mulheres. A variação do salário feminino foi de 0,56%, enquanto que para os homens a alta foi de 0,79%.

A série histórica da pesquisa foi iniciada em 1985. Desde então, o intervalo de 1985 a 1986 foi o que apresentou a maior variação relativa no número de empregos: crescimento de 8,16%, com geração de 1,6 milhão de novos postos. O segundo melhor resultado ocorreu somente em 2007, com o salto de 6,98% e geração de quase 2,5 mil novos postos formais.

As informações que integram a RAIS são prestadas anualmente, de forma obrigatória, por todos os estabelecimentos do território nacional, mesmo aqueles que não registraram vínculos empregatícios no período. Há dados sobre remuneração, grau de instrução, ocupação e nacionalidade, entre outros. Este ano foram incluídos dados sobre o número de portadores de necessidades especiais, que somam 348 mil trabalhadores, ou seja, menos de 1% do total de empregos formais.

O ministro Carlos Lupi garantiu que no próximo ano os dados da pesquisa serão anunciados com menor defasagem, na virada do primeiro para o segundo semestre. O relatório do ministério destaca que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi decisivo para gerar bons impactos no mercado de trabalho formal. Em 2007, o PIB cresceu 5,7%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o cenário mudou. Para este ano, o crescimento do PIB será menor, de 4,8%, projeta o Banco Central. E para 2009, o Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de reduzir expectativas de crescimento de 3,5% para 3%. Ou seja, 2008 e 2009 não devem repetir o que 2007 fez ao País quanto à geração de emprego.

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