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sábado, 25 de outubro de 2008

Pedágio Urbano em SP: Kassab finge que é contra, mas já está implantando pelas beiradas


Pressionado no último debate da Globo, Kassab desconversou sobre o pedágio urbano.

Mas qual o plano de Kassab para o trânsito em São Paulo? Qual a sua alternativa?

Motivos para desconfiar de Kassab:

1) Há projeto de passar da prefeitura para o estado, o controle das Marginais Tietê e Pinheiros. Assim, oficialmente Kassab não cobrará pedágio porque as vias não ficam mais com a prefeitura, mas Serra pode licitar e cobrar o pedágio.

2) O vereador Carlos Apolinário, do DEMo, apresentou projeto na Câmara, para cobrança do pedágio urbano. Não se trata de um vereador aloprado qualquer. É líder da bancada do DEMos, representa todo o partido.

3) Os programas de governo do DEMos e dos Tucanos são privatistas. Defendem a entrega à iniciativa privada dos serviços públicos, e defende terceirização. O pedágio urbano seria uma forma de entregar a responsabilidade pela manutenção da via em troca do lucro com o pedágio, pela concessionária.

4) O Rodoanel tem pedágio. Já existem praças de pedágio nas rodovias paulistas em áreas urbanas.

5) A Agência de Transporte do Estado (Artesp) apresentou proposta ao governador de São Paulo Jose Serra que prevê pedágio na via expressa da Rodovia Castelo Branco (marginais da Castelo) na Grande São Paulo. A tarifa deve custar R$ 2,80.

6) Os DEMos já cobram pedágio urbano no Rio de Janeiro. A linha Amarela no Rio é uma avenida totalmente urbana e César Maia cobra pedágio desde sua inauguração (foto abaixo da praça de pedágio). Carros pagam R$ 3,65 atualmente.


7) A prefeitura de São Paulo quer ser a primeira a implantar chips nos veículos, o SINIAV (Sistema Nacional Identificação Automática Veículos). O Chip funciona como um emplacamento eletrônico, e serve para rastrear e fiscalizar veículos. Além de ser o sistema ideal para ... implantar o pedágio urbano, pois dispensa praças de pedágio, e permite a cobrança do pedágio diretamente do motorista quando passa por sensores.


Kassab e Serra, não dão muito valor à palavra empenhada junto ao eleitor.

Serra renunciou à prefeitura mesmo após prometer ao eleitor que não faria isso.

Kassab diz uma coisa na campanha e como prefeito faz outra. Assim foi com o veto à licença maternidade de 6 meses. Assim foi com o ensino profissionalizante nos CEUs. Assim foi com o ISS sobre autônomos.

Assim foi com as taxas de lixo e iluminação: extinguiu as taxas no papel, mas incorporou o valor no IPTU. O dinheiro que saiu do bolso do paulistano para a prefeitura passou a ser maior com o correr do tempo. Maior do que quando havia as antigas taxas.

Veja aqui, aqui e aqui o que Kassab e Serra fizeram para meter a mão no bolso do cidadão com o IPTU.

Moradores do Centro e de bairros conservadores como Santana, Moema, Pinheiros e Vila Mariana, para citar alguns exemplos, foram enKASSABados em 2007 com reajustes de 7,85% a 9,92% no IPTU, índices bem acima da reposição da inflação, que ficou abaixo de 4%.

Segundo dados da própria Associação Comercial de São Paulo, a carga tributária municipal média por habitante paulistano era de R$ 1.240,00 em 2004 (último ano do primeiro governo de Marta). Em 2007, sob Kassab, pulou para R$ 1.918,00 e 2008 (último ano de Kassab) estima-se em R$ 2.308,00. Subiu muito acima da inflação.

As atitudes de Kassab em prol do pedágio urbano lembra a promessa de Collor de não confiscar a poupança em 1989, e lembra a promessa de FHC em 1998 de não desvalorizar o Real. Ambos fizeram o inverso depois de eleitos.

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